Folha de S. Paulo


Terapia gênica para a visão é alvo de estudos

Também durante a reunião anual da Fesbe, pesquisadores apresentarão outras abordagens promissoras contra problemas de visão hoje sem tratamento.

"A verdade é que não existe uma terapia ideal para todos os pacientes, porque a diversidade de doenças é muito grande e nem sempre a retina fica preservada, como no caso da degeneração macular", explica Christina Joselevitch, do Instituto de Psicologia da USP, que coordena o simpósio durante o qual o oftalmologista Rodrigo Brant apresentará seus resultados.

Como "defeitos" em muitos genes diferentes podem levar a esses problemas degenerativos da visão, Joselevitch lembra que algumas abordagens atuais estão tentando uma espécie de terapia gênica individualizada: "entregar" um gene capaz de substituir o DNA defeituoso no olho do paciente.

Isso está sendo experimentado com a ajuda de vírus especialmente modificados para a tarefa, de maneira que eles não afetem o cérebro nem outros órgãos.

Embora haja uma barreira entre o olho e o resto do organismo, é preciso cuidado pra impedir que o vetor viral passe do olho para o cérebro. "Do contrário você poderia gerar uma encefalite", diz ela.

Outra abordagem que será discutida na Fesbe é o uso de microchips na retina, que também tem passado por testes clínicos.


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