Folha de S. Paulo


Fãs de séries terão ano melhor com novos serviços de streaming no país

Divulgação
Eleven, da série 'Stranger Things', em cena da 1ª temporada
Eleven, da série 'Stranger Things', em cena da 1ª temporada

A entrada no mercado brasileiro de streaming da Amazon (no último dia 14) e da HBO é a principal novidade para os fãs de séries em 2017, impondo pela primeira vez concorrência à altura para a Netflix.

Munidas de dados sobre as preferências de seus usuários, as plataformas têm expandido as produções originais e adotado fórmulas fáceis como minisséries, revisitações e séries-derivadas, segmentando em nichos um cenário antes dominado por grandes canais de TV.

Com isso, o termo "on demand", sob encomenda, passa a valer não só para a escolha do momento de exibição, mas também para aquilo que será filmado.

No caso da Netflix, a tática foi usada para uma nova temporada da brilhante distopia "Black Mirror" e com sucesso no suspense oitentista "Stranger Things". Ambas voltam em 2017, assim como o drama sobrenatural "Sense8" e o thriller hiper-realista "Narcos".

A Amazon trilha caminho parecido, selecionando seus investimentos a partir da resposta dos espectadores a episódios-piloto abertos na internet.

As premiadas "Transparent", dramédia sensível sobre relações familiares, e "The Man in the High Castle", outra distopia que trata de fascismo, ganham continuidade. "Sneaky Pete", sobre um trambiqueiro vivido por Giovanni Ribisi, também deve marcar pontos.

A HBO, cujo alcance cresce descolado de pacotes de cabo, busca substituto para "Game of Thrones". A última temporada da genial fantasia política começa em 2017 e terá sua segunda metade exibida apenas em 2018. A sucessora mais provável é o suspense futurista "Westworld", que após estreia bem-sucedida com o público e irregular com a crítica ganha um segundo ano (também em 2018).

Já a Showtime, que conquista prestígio nos EUA, lança em abril a aguardada revisitação de "Twin Peaks", de David Lynch, quase 27 anos após a estreia. Em termos de séries, ao menos, 2017 deve ser melhor do que 2016.


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