Autoridades afegãs anunciaram a morte de mulá Mohammed Omar, líder do grupo radical islâmico Taleban no Afeganistão e aliado do ex-líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, morto em 2011. O Taleban não comentou a informação.
Omar, que se mantinha recluso, morreu há dois ou três anos, segundo fontes do governo e de inteligência do Afeganistão. Não foram divulgados detalhes das circunstâncias da morte. Um porta-voz do Taleban disse à BBC que o grupo divulgará um comunicado em breve.
Esta é a primeira vez que autoridades afegãs confirmam a morte do mulá. No últimos anos, o Taleban chegou a divulgar diversas mensagens atribuídas a ele.
O mulá Omar liderou a vitória do Taleban sobre milícias afegãs rivais na guerra civil que eclodiu no país após a retirada de tropas soviéticas, em 1989.
Sua parceria com Osama Bin Laden levou à invasão do Afeganistão liderada pelos Estados Unidos em 2001, após os ataques de 11 de setembro.
Desde então, o mulá se manteve recluso. O Departamento de Estado americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões (R$ 35 milhões) por informações que levassem à sua captura.
Segundo o Taleban, o mulá nasceu em 1960 no vilarejo de Chah-i-Himmat, na província de Kandahar. Tornou-se o "líder supremo" do grupo em 1996.
No início deste ano, o Taleban publicou sua biografia. A obra diz que ele não tinha uma casa nem conta em banco. Diz, também, que ele tinha "um senso de humor especial".