Folha de S. Paulo


Cidade histórica síria pode estar na mira do 'Estado Islâmico'

Palmira, uma das joias arqueológicas do Oriente Médio, pode ser a próxima "vítima" das depredações do grupo extremista muçulmano Estado Islâmico.

Militantes ocuparam partes da cidade vizinha de Tadmur na quinta-feira, mas seus avanços posteriores foram contidos pelo exército da Síria.

BBC Brasil
Palmira, cidade histórica na Síria que pode ser destruída pelo Estado Islâmico
Palmira, cidade histórica na Síria que pode ser destruída pelo Estado Islâmico

O responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim, disse que se o EI tomar Palmira, tombada pela Unesco como patrimônio histórico, a cidade será destruída.

DECAPITAÇÕES

Extremistas já destruíram relíquias em vários locais do Iraque, em especial Mosul, Hatra e Nimrud. Autoridades sírias temem que militantes depredem as ruínas históricas da cidade

Palmira sofreu danos durante os quatro anos de guerra civil na Síria. Fundada há pelo menos 4.000 anos, a cidade fica numa área estratégica para o EI, entre Damasco e a cidade de Deir Al-Zour, disputada por forças sírias e pelos militantes. Palmira também fica próxima a campos de exploração de gás natural.

Na quinta-feira, o grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que militantes do EI estavam preparando um assalto a Tadmur, bem próxima às ruínas de Palmira.

Militantes teriam matado 26 pessoas numa aldeia nas cercanias de Tadmur –dez deles por decapitação–, sob a acusação de que eles eram simpáticos ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Usando uma conta no Twitter, o EI disse ter ocupado partes do norte e do leste de Tadmur.

Localizada no meio do deserto e próxima a um oásis, Palmira contém as monumentais ruínas de uma cidade que foi um dia um dos mais importantes centros culturais do mundo, segundo a Unesco - órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


Endereço da página: