Folha de S. Paulo


Assessora nega que Schumacher esquiava em alta velocidade

O ex-piloto de F-1 Michael Schumacher não esquiava em alta velocidade, como se suspeitava anteriormente, no momento em que sofreu o acidente que o colocou em risco de morte.

A informação foi passada pela assessora do piloto, Sabine Kehm, a jornalistas alemães.

No domingo, o heptacampeão de F-1 sofreu um acidente de esqui nos Alpes Franceses. Ele bateu com a cabeça em uma pedra enquanto esquiava com o filho de 14 anos e um grupo de amigos no resort de Méribel.

ALTA VELOCIDADE

Embora tenha sido confirmado pela BBC que o capacete usado pelo piloto se partiu, Kehm negou que ele tenha corrido riscos excessivos ou feito manobras especialmente arriscadas ao esquiar.

"Isso não significa que ele estava em alta velocidade", reforçou Kehm sobre o capacete, em entrevista concedida em frente ao Grenoble University Hospital, onde o as entradas de esquiadores em situação grave são uma constante.

Em um encontro breve com jornalistas nesta quarta-feira em frente ao hospital, Kehm disse que o estado de saúde do ex-piloto continua crítico, mas estável.

Os médicos não quiseram conceder uma nova entrevista coletiva nesta quarta, diante do quadro de saúde inalterado.

"Michael foi monitorado de perto por toda a noite", afirmou Kehm.

A BBC também confirmou a informação de que um jornalista teria tentado entrar na área em que o piloto se encontra disfarçado de padre.

A tentativa foi descrita por Sabine Kehm como "revoltante".

MELHORA

Na terça-feira, o ex-piloto apresentou leve melhora após uma segunda operação para aliviar a pressão no cérebro, informaram os médicos.

Schumacher foi socorrido por dois patrulheiros do resort que chamaram um helicóptero para levá-lo ao hospital mais próximo, na cidade de Moutiers. Em estado grave, ele foi transferido para o Hospital Universitário de Grenoble.

Segundo o neurocirurgião Stephan Chabardes, o ex-piloto chegou a Grenoble em um estado agitado, com contorções incontroláveis, e piorou rapidamente.

Ele foi operado com urgência e ficou em estado crítico, antes de ser colocado em coma induzido.

Schumacher corre alto risco de morte. Neurocirurgiões ouvidos pela BBC afirmam que existe a possibilidade de sequelas físicas e mentais, mas também pode haver total recuperação.

CARREIRA

Schumacher ganhou sete títulos na F-1 e garantiu 91 vitórias ao longo dos 19 anos de carreira.

Ele se aposentou em 2006, mas voltou a competir três anos depois pela equipe Mercedes.

Após três temporadas, em que subiu ao pódio apenas uma vez, o alemão deixou as pistas definitivamente no ano passado.

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