Folha de S. Paulo


SAIU NO NP

Há 40 anos, cantor que roubava samambaias foi notícia ao ser pego

Folhapress
Reprodução de página do jornal
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Nesta quarta (15), o Banco de Dados Folha resgata o curioso caso de um cantor de boate obcecado em roubar samambaias e fazer dinheiro com isso. Esta história foi publicada no jornal "Notícias Populares" há exatos 40 anos.

Em meados dos anos 1970, a samambaia era a planta da moda. As pessoas pagavam altas quantias para poder ter uma espécie desta em casa, principalmente as de metro, que à época chegavam a custar Cr$ 7.000,00 (equivalente hoje a cerca de R$ 6.700,00).

Um jovem cantor de boate chamado Levi Oliveira Dias, mas conhecido como Angelo, especializou-se na arte de furtar estas plantas. Ele as vendia por um preço bem abaixo do praticado no mercado.

Preso de madrugada, quando retornava para sua casa, na rua Gaspar de Lemes, 80, na Vila Carrão (zona leste de São Paulo), o ladrão de samambaias confessou seus crimes e jurou que apontaria outras pessoas especialistas em roubos desta natureza.

As suspeitas sobre Angelo, que tinha apenas 19 anos, originaram-se pelo fato dele ter furtado dez vasos com samambaias da casa de um investigador que morava na mesma rua do cantor. Dias antes, o ladrão havia estado na residência do policial, que se chamava Golbert de Souza Toledo.

Certa vez ele comentou com o policial que gostava muito das plantas daquela espécie, assim o investigador permitiu que ele as admirasse em sua casa. Notou, depois de algum tempo, a falta de suas plantas e comunicou o fato ao 31º Distrito Policial (DP), na Vila Carrão, e a suspeita de quem seria o ladrão.

A partir daí os policiais passaram a investigar, com a intenção de levantar o endereço de Angelo, o que ocorreu alguns dias depois, permitindo assim a sua detenção, quando então ele se identificou como cantor de boate.

Levado à delegacia, confessou seus crimes e deu margem para que os policiais descobrissem que ele, anteriormente, havia sido preso em outro DP, sob a mesma acusação: ter roubado samambaias de residências.

Durante o interrogatório, o cantor ladrão de plantas confessou que vendia as samambaias por Cr$ 1.600,00 (cerca de R$ 1.500), bem abaixo dos Cr$ 7.000 praticados pela floriculturas da cidade. Angelo também confessou que tem conhecimento de muitas pessoas que praticam o mesmo tipo de crime e prometeu que as entregaria à polícia.

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