Inaugurado há 70 anos, o edifício Altino Arantes, conhecido como "prédio do Banespa" ou "Banespão", foi o mais alto da cidade (com seus 161 metros) até a chegada do Mirante do Vale (170 metros), em 1960.
Construído com inspiração no nova-iorquino Empire State Building, o prédio sediou o Banco do Estado de São Paulo até 2000, quando a instituição foi comprada pelo espanhol Santander.
O edifício possui exatos 161,22 metros, 35 andares, 14 elevadores, 900 degraus e 1.119 janelas e foi inaugurado em junho de 1947 pelo então governador do Estado Adhemar de Barros.
O nome oficial foi dado na década de 1960 e remete ao primeiro presidente do Banespa e governador de São Paulo de 1916 a 1920 Altino Arantes Marques (1876 - 1965).
Em 2011, após 14 anos do pedido feito por funcionários do banco, o prédio foi finalmente tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
A resolução do órgão do patrimônio histórico preserva integralmente a fachada e o terraço do edifício, além de cinco pisos.
Também foram tombados os móveis que contam a história da instituição financeira. Entre eles, uma mesa monumental usada nas reuniões feitas pela presidência no salão nobre.
O antigo cofre do banco, que fica no subsolo, também foi preservado. A caixa forte do edifício mantém as características originais, como porta circular de 16 toneladas e 2.000 cofres de aluguel de diversos tamanhos.
FAROL SANTANDER
Fechado desde o fim de 2015, o Altino Arantes deverá ser reaberto no fim deste ano. Isso quem afirma é o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, que informou que o edifício será rebatizado.
Em entrevista coletiva para divulgar os resultados do segundo trimestre, Rial disse que "o prédio simbolizava a São Paulo capitalista, no sentido de progresso e acumulação de valor". "Agora, passará a se chamar 'Farol Santander', para passar a simbologia de olhar para frente."
Além do nome, o prédio ganhará um farol e seus 35 andares não terão mais finalidades administrativas, tornando-se um espaço cultural.