O mundo voltou suas atenções para a crise global de refugiados e migrantes esta semana após a viralização das fotos do corpo de Aylan Kurdi, 3. As imagens foram registradas em uma praia na Turquia após ele se afogar ao tentar chegar à Europa em uma embarcação precária.
Aylan é símbolo do crescente fluxo de pessoas que fogem de conflitos armados em diversas partes do mundo. A guerra civil na Síria, país de origem da criança, desatou a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra.
A Síria mergulhou em uma violenta guerra civil em março de 2011, no contexto do levante popular conhecido como Primavera Árabe, após setores da população pegarem em armas para tentar derrubar o ditador Bashar al-Assad. Desde então, o controle sobre o território do país está fragmentado entre forças leais a Assad e grupos insurgentes, como o Exército Livre da Síria e a frente al-Nusra, ligada à Al-Qaeda.
O conflito abriu o caminho para que grupos radicais ganhassem força. É o caso da facção Estado Islâmico, que proclamou um califado na região em agosto de 2014 e hoje controla mais de 50% da Síria.
Desde o início do conflito, mais da metade dos cerca de 20 milhões de habitantes desse país árabe foi forçada a deixar suas casas. Cerca de 7,6 milhões fugiram para outras partes da Síria, enquanto 4 milhões se refugiaram em outros países, principalmente os vizinhos Turquia, Líbano e Jordânia. Segundo o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), cerca de um terço das pessoas que tentaram entrar irregularmente na Europa pelo Mediterrâneo em 2015 fugiam da guerra na Síria.
A morte do menino Aylan é o capítulo mais recente da tragédia humanitária na Síria. Entenda os quatro anos de guerra civil no país por meio das fotos abaixo.
