Folha de S. Paulo


Para artistas e jornalistas da Globo, desafio será se adaptar a tecnologias

Em ocasião dos 50 anos da Globo, completados neste domingo (26), a Folha perguntou para 21 de seus funcionários, entre artistas, jornalistas, autores e diretores: do que eles sentem falta no canal e quais são as expectativas para os próximos 50 anos?

Para alguns, como Tony Ramos e Gloria Maria, o que faz falta é o clima familiar de outrora, quando a empresa era menor e era mais fácil encontrar os amigos no corredor para tomar um cafezinho ou jogar um baralho. Outros, como Tiago Leifert e Gilberto Braga, não olham para trás e afirmam não sentir saudades de nada.

Sobre o futuro, são otimistas. O desafio será se adaptar às novas plataformas (o domínio da tecnologia será "um fato inarredável", diz Fernanda Montenegro), mas todos dizem crer que a Globo está mais que preparada para enfrentá-lo.

"O desafio é como distribuidora, não como produtora de conteúdo. Sempre no mundo haverá necessidade de produção de conteúdo e a Globo é uma das maiores TVs do mundo, as dificuldades serão pouquíssimas nesse sentido", diz a diretora Amora Mautner. "Apesar do que muitos dizem, não passaremos por nenhuma outra dificuldade. O desafio será apenas a reorganização da distribuição de conteúdo."

Confira abaixo os depoimentos.

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AGUINALDO SILVA, autor

Paula Giolito/Folhapress
Aguinaldo Silva, na festa da nova novela da rede Globo, Fina Estampa
Aguinaldo Silva, na festa da nova novela da rede Globo, Fina Estampa

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Nunca penso no que foi bom ou ruim no passado. Para mim só o que vale é o agora e o futuro.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Não posso falar de um futuro no qual, mesmo contra a minha vontade, não estarei presente. Mas sei que, daqui a 50 anos, ao contrário de mim, a Globo estará presente na vida dos brasileiros.

RICARDO LINHARES, autor

Zanone Fraissat/Folhapress
Ricardo Linhares em almoço na Flip
Ricardo Linhares em almoço na Flip

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Eu não tenho temperamento saudosista. Não olho para trás. O melhor momento é sempre o que estou vivendo. Entrei para a empresa em 1983, aos 21 anos. Hoje tenho 53. Não vim do teatro, do cinema nem do rádio. Sou cria da TV. Cresci profissionalmente com a emissora. Ao longo do tempo, testemunhei diversas mudanças profundas, artísticas e empresariais. A Globo mudou; eu, o público e o mundo também evoluímos. Como deve ser.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
O grande desafio de todos nós é tentar enxergar adiante, usando as anteninhas da intuição que todos os artistas possuem, antecipando tendências, tentando estar à frente do que o público quer ver, atingindo o desejo oculto do espectador, dando a ele o que ele ainda nem sabe que quer ver. Eu sou progressista. Acredito que a teledramaturgia, além de entreter, deve levantar discussões relevantes para a sociedade, ajudando a expandir os limites conservadores, contribuindo para mudanças comportamentais. A Globo sempre foi vanguarda artística e cultural.

GILBERTO BRAGA, autor

João Miguel Júnior/TV Globo
Gilberto Braga em coletiva da novela da Globo
Gilberto Braga em coletiva da novela da Globo "Babilônia"

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
De nada.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Não sei responder. É muita coisa e eu estou meio velho para prever.

AMORA MAUTNER, diretora

Cecilia Acioli/Folhapress
Amora Mautner, quando dirigia
Amora Mautner, quando dirigia "Avenida Brasil"

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Não sinto falta de nada. Acho que a Globo está cada dia melhor. Cada vez mais ela se define como uma empresa "up to date". Cada vez com mais qualidade em todas as áreas.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
O desafio é como distribuidora, não como produtora de conteúdo. Sempre no mundo haverá necessidade de produção de conteúdo e a Globo é uma das maiores TVs do mundo, as dificuldades serão pouquíssimas nesse sentido. Apesar do que muitos dizem, não passaremos por nenhuma outra dificuldade. O desafio será apenas a reorganização da distribuição de conteúdo.

JORGE FERNANDO, autor

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Jorge Fernando na festa de lançamento da programação 2014 da Rede Globo r
Jorge Fernando na festa de lançamento da programação 2014 da Rede Globo r

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Tem muita relação comigo. Cresci na Globo. Ela foi minha faculdade. Eu blefei, errei, arrisquei, retrocedi, errei de novo. Isso é o reflexo da minha vida, do meu crescimento pessoal, já que convivi mais de 30 anos aqui dentro. Toda a minha estrutura está aqui. Não é que eu sinta falta, mas antes era uma estrutura menor, com todo o mundo mais próximo. Pessoalmente, me sinto muito bem e grato à Globo. Vi muitas famílias crescerem aqui. Convivo com muitas pessoas. Isso foi muito importante para muita gente. Sempre admirei esse trabalho do doutor Roberto. Dele abraçar as pessoas que trabalham aqui.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A proposta de todo o mundo é vir para arrasar. É igual escola de samba. Entra uma, entra outra, todas lindas, tem público que gosta e que não gosta.

FERNANDA MONTENEGRO, atriz

Greg Salibian/Folhapress
Fernanda Montenegro no 6° Festival de Cinema de Paulínia
Fernanda Montenegro no 6° Festival de Cinema de Paulínia

Do que sente falta na Globo?
Sinto falta dos capítulos menores e dos teleteatros, com os grandes textos da literatura e da dramaturgia. Claro, ajustados.

O que espera para os próximos 50 anos?
Espero um fato inarredável: o domínio da tecnologia. A tecnologia evolui tão rapidamente que o que vemos hoje no dia seguinte já é medieval. E tudo estará a serviço dela.

TONY RAMOS, ator

Felipe Manso/Folhapress
Retrato do ator Tony Ramos, em 2014
Retrato do ator Tony Ramos, em 2014

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Não sou nada saudosista. Só sinto falta da sala de estar que reunia o elenco ainda no Jardim Botânico, antes do Projac existir, onde nos encontrávamos antes e depois das gravações para conversar, jogar baralho, contar histórias... Dali nasceram até novos projetos, estimulava o nosso ócio criativo.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A Globo sabe bem quais são os desafios que enfrentará nos próximos anos e tenho certeza de que está preparada, já que a Globo está sempre dez anos à frente. Sobre as novas plataformas eletrônicas, quanto mais plataformas houver, mais conteúdo será necessário. Com isso, os atores continuarão tendo muito trabalho, o que é ótimo. O futuro é sempre desafiador, a concorrência é salutar e tenho certeza de que a Globo está preparada.

BRUNO GAGLIASSO, ator

Zo Guimaraes/Folhapress
O ator Bruno Gagliasso posa para fotos durante festa da nova novela das 21h,
O ator Bruno Gagliasso posa para fotos durante festa da nova novela das 21h, "Babilônia"

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
A programação da TV de alguma forma é um reflexo da sociedade que temos. Sinto falta do que hoje chamam de "politicamente incorreto", mas entendo também que isso pode ser visto de alguma forma como amadurecimento positivo. E na minha relação com a TV do passado, sinto falta das tardes livres para ver "Sessão da Tarde" e dos "Trapalhões" aos domingos.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Vivemos no mundo a era de ouro da televisão, que está ganhando status de sétima arte nos Estados Unidos. No Brasil sempre foi assim. Temos produções da Globo que estão em pé de igualdade e muitas vezes superiores à produção do nosso cinema. O desafio é seguir em frente, não se acomodar com a distância dos demais concorrentes, não ter medo de inovar.

MARCO PIGOSSI, ator

Luciana Whitaker/Folhapress
Marco Pigossi na festa de lançamento de
Marco Pigossi na festa de lançamento de "Boogie Oogie", no Rio

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Tenho oito anos de vínculo e parceria com a emissora e não sei se posso considerar isso como "passado". Durante esses oito anos, sinto que pouco se perdeu e muito se ganhou. Em relação a tudo, desde equipamentos e técnicas ao dia a dia do trabalho.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Com 26 anos de vida, ter expectativas para 50 anos é pouco de "desaforo" (risos). Vamos deixar o tempo nos mostrar. Na minha opinião, o maior desafio da Globo é a questão do tempo e como lidamos com ele hoje. Quando me refiro ao tempo, quero dizer tanto o tempo físico quanto o mental. Numa era em que tudo está na palma da mão, a velocidade da informação, o controle sobre o que se assiste e quando se assiste, como o sistema "on demand", o próprio tempo de se ouvir e contar uma história, tudo está diferente. Mas desafios como esses sempre existiram e sempre existirão e a Globo está há 50 anos convivendo com essa evolução e com a modernidade que o tempo nos impõe. Para o alto e avante!

TIAGO LEIFERT, jornalista e apresentador

Raquel Cunha/Folhapress
Tiago Leifert em lançamento de livro em SP
Tiago Leifert em lançamento de livro em SP

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Não sou saudosista.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Uau. Em cinco anos a briga pela atenção das pessoas mudou todo o panorama da mídia em todo o mundo, e desmontou tudo que a gente tinha como crença. Estamos num momento crucial, nos reinventando, mexendo, criando, para atender esse novo público que está aí, digitalmente nativo, que não enxerga fronteiras entre as plataformas. Nosso desafio é: ser relevante do mesmo jeito que sempre fomos, mas competindo com mil vezes mais concorrentes do que tínhamos. Como ser o "killer app" numa loja de aplicativos que tem um zilhão de opções?

RENATO ARAGÃO, ator

Mauro Pimentel/Folhapress
Renato Aragão durante o ensaio do musical
Renato Aragão durante o ensaio do musical "Saltimbancos Trapalhões"

Do que você sente falta na globo em relação ao passado?
Já passei por diversas etapas na emissora e sempre estive satisfeito com as mudanças que vivi. Acho que a TV deve mudar com o público, que é para quem ela é feita, e isso é sempre bem-vindo! Não sinto falta de nada.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
O que eu sei é que já estou pronto para os próximos 50 anos (risos). Essa pergunta é uma interrogação para mim, principalmente com a velocidade das coisas, que faz com que tudo mude muito rápido. Não sou vidente, mas estou pronto para o que vier!

GLORIA MARIA, jornalista

Bruno Poletti/Folhapress
Gloria Maria na estreia do musical
Gloria Maria na estreia do musical "Mudança de Hábito", em março de 2015

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
De uma proximidade maior das pessoas. No início trabalhávamos todos no mesmo lugar, jornalismo e dramaturgia. Os espaços eram menores e nos encontrávamos o tempo todo. Era fácil esbarrar com alguém nos corredores. Com o crescimento da Globo, a distância aumentou e agora é mais difícil encontrar alguns amigos.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Acho que o maior desafio da Globo é pensar sempre no futuro e se manter como uma família. Manter o ideal de uma família global por mais 50 anos é um grande desafio.

CID MOREIRA, jornalista

Estevam Avelar/Globo
Cid Moreira e sua mulher Fatima Sampaio
Cid Moreira e sua mulher Fatima Sampaio

Do que você sente falta na globo em relação ao passado?
Não sinto falta de nada! Tudo evoluiu e a Globo continua na vanguarda sempre! No começo, na verdade, era tudo muito precário, mas por isso mesmo era muito emocionante. As dificuldades eram muito grandes para todos os jornalistas e profissionais que trabalhavam nesse setor. O crescimento da empresa é fantástico em termos técnicos e humanos. Não sinto falta de nada, ao contrário, acho tudo muito melhor e dinâmico hoje.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Quais são os desafios fica difícil de dizer, mas, como está sempre à frente de seu tempo, a empresa certamente estará preparada para o que vem pela frente. Meu Deus?! Onde vamos parar!? As possibilidades são inimagináveis. Eu, que sou do tempo da máquina de escrever, das fitas de vídeo em acetato, não tenho noção do que está por vir. Nas questões humanas, acredito numa televisão cada vez mais plural. Que bacana, em vez de correspondentes em Londres, a Globo criar uma sede interplanetária! Estou brincando, obviamente. O que estou tentando dizer é que não é possível imaginar onde a Globo vai chegar, da mesma maneira que era para mim impossível, quando garoto, quando não existia a TV, pensar em algo tão improvável que englobaria rádio, teatro e cinema ao mesmo tempo. Como faz a Globo hoje.

SÉRGIO CHAPELIN, jornalista

Alex Carvalho/TV Globo
Sergio Chapelin e Gloria Maria, apresentadores da
Sergio Chapelin e Gloria Maria, apresentadores da "Retrospectiva 2010" da Rede Globo

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Dos que se foram. Não somente dos que morreram, mas de todos aqueles que deixaram, por diferentes razões, de trabalhar na emissora.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A expectativa, no meu ponto de vista, é uma só: vencer os desafios. Desafios que são um só: conseguir preservar o espaço da televisão diante de tantas novas formas de entretenimento e informação.

GALVÃO BUENO, narrador esportivo

João Miguel Júnior/TV Globo
Galvão Bueno na Copa de 2014
Galvão Bueno na Copa de 2014

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Tenho que falar do esporte. No departamento havia menos pessoas, nos víamos mais, convivíamos muito e íamos a todos os jogos da Libertadores da América. Sinto falta disso, da nossa peregrinação pelas pequenas cidades e grandes capitais, íamos em várias cidades da América Latina, Santiago, Buenos Aires, no interior do Equador, Bolívia. Eu e toda a equipe íamos em todos os jogos, passávamos praticamente uma semana em cada país diferente, vivendo uma latinidade que hoje me faz um pouco de falta.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Vivemos um novo momento com uma disponibilidade de tecnologias muito mais avançadas, mas o nosso futuro você ajuda a fazer. Uma parceria da televisão, das pessoas que trabalham na televisão, com as pessoas que assistem à televisão e interagem com ela.

CLÉBER MACHADO, narrador esportivo

Ze Carlos Barretta/Folhapress
O narrador esportivo Cleber Machado durante gravação do programa
O narrador esportivo Cleber Machado durante gravação do programa "Bem, Amigos!" e entrega do prêmio "Melhores do Brasileirão 2014"

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Não chego a sentir falta. Parece um sentimento natural. Sabe o trecho da música, "ter saudade até que é bom" ou a ideia do filme "Meia-Noite em Paris", quando todos, em diferentes épocas, pensavam romanticamente no passado? É por aí. Hoje a empresa é muito maior, tem mais pessoas. Houve um tempo em que a gente almoçava junto quase todos os dias. Ficávamos mais tempo conversando. Hoje é mais difícil, quase impossível. Temos mais compromissos, menos tempo. De vez em quando bate saudade. É do jogo. Não mexe no desempenho.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Pelo que se percebe, pelo processo constante de criação, pela falta de acomodação, pela constante preocupação em buscar novas atrações, melhorar as existentes, se relacionar carinhosa e respeitosamente com o público, as expectativas são positivas, são boas. A TV, de maneira geral, enfrenta uma concorrência muito diferente de anos passados. O perfil do público muda e exige mais. Atender a essa exigência é um claro desafio, que já está sendo enfrentado. Acertar e errar faz parte do jogo. O gosto do público varia mais rapidamente e este é outro desafio, que também já se enfrenta. Manter o padrão Globo é um desafio. E esse desafio a Globo sempre encarou e encara bem. De qualidade, de inquietação, de criatividade, de busca pelo melhor e de tratar bem quem fez, continua fazendo os 50 anos e fará os próximos.

REGINALDO LEME, jornalista esportivo

Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Reginaldo Leme no programa
Reginaldo Leme no programa "Altas Horas"

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Pelo enorme crescimento da empresa, é absolutamente normal eu sentir falta daquele jeito mais familiar que vivíamos. Na época em que eu entrei, em 1978, a empresa tinha, provavelmente, dez vezes menos funcionários do que tem hoje. Para dar bem a ideia desse crescimento, a divisão de esportes de São Paulo tinha seis pessoas trabalhando. A gente fazia um pouco de tudo e, graças a isso, aprendi muito de televisão. Até edição de imagens eu fazia, mas por vontade própria. Vindo de jornal, eu queria mesmo aprender

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A expectativa é de muita mudança, uma necessária adaptação às novas mídias, as atuais e as que ainda vão surgir. Certamente é o grande desafio. Mas, se há uma empresa capaz de se adaptar a tudo o que vier de novo, é a Globo. Ela já vem se preparando há muito tempo para enfrentar os próximos 50 anos. O maior desafio da emissora e de cada funcionário será saber como utilizar as novas mídias que estão por aí e as que vão surgir. Tenho sorte de trabalhar em um mundo que já utiliza a alta tecnologia, o que já está ao meu alcance. Outro aspecto fantástico na Globo é o respeito humano. Ela cresceu tanto, mas o conceito do respeito humano foi mantido. Certamente é uma das razões para ela estar sempre à frente das outras. Nunca vi, em empresa alguma, essa relação tão forte com seus funcionários.

CAIO RIBEIRO, comentarista esportivo

Raquel Cunha/Folhapress
Caio Ribeiro em lançamento de livro em abril de 2015
Caio Ribeiro em lançamento de livro em abril de 2015

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Do passado, só se eu remeter à minha infância, já que sou novo na Globo, tenho apenas oito anos de casa.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A minha expectativa é de crescimento com a maior emissora do país. Estamos trabalhando muito para fazer produtos de qualidade, que o público se identifique. O desafio do futuro é entender que o mercado está crescendo e saber como cativar esses futuros consumidores de novas mídias.

IVAN MORÉ, jornalista esportivo

Greg Salibian/Folhapress
Ivan Moré vai a casamento de Tiago Leifert em 2012
Ivan Moré vai a casamento de Tiago Leifert em 2012

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Sinto falta de um programa humorístico que marcava os meus domingos: os "Trapalhões". Que saudades de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias!

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Creio que o grande desafio daqui em diante é manter a criatividade, fundamental para continuar atraindo um publico cada vez mais variado e com muitas opções de escolha.

GLORIA PEREZ, autora

João Cotta/Divulgação/TV Globo
A autora Gloria Perez
A autora Gloria Perez

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Do tempo que as novelas tinham 45 minutos!

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
Os desafios são os mesmos que o mundo está enfrentando: a revolução da tecnologia está dando novas formas aos modelos econômicos, comerciais e sociais que até então conhecíamos. Vejo uma Globo atenta e preparada para continuar presente nos próximos 50 anos!

DENNIS CARVALHO, diretor

Greg Salibian/Folhapress
O diretor Dennis Carvalho na estreia de musical sobre Elis Regina, em 2013
O diretor Dennis Carvalho na estreia de musical sobre Elis Regina, em 2013

Do que você sente falta na Globo em relação ao passado?
Não acho que falta nada. Hoje, vivemos um outro capítulo da televisão.

Quais são as expectativas para os próximos 50 anos e quais desafios a Globo enfrentará?
A Globo não parou no tempo, se reinventa todos os dias. As novas gerações estão muito conectadas e tendem a buscar informação e entretenimento com mais velocidade. Estamos nos adaptando diariamente para suprir e superar estas expectativas.


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