Folha de S. Paulo


Para babar: 8 smartphones e tablets que você não verá no Brasil tão cedo

O World Mobile Congress, que acontece nesta semana em Barcelona, é o evento mais importante do mercado de telefonia móvel. As empresas do setor usam a feira para apresentar suas novidades para o ano. Algumas chegam em poucos meses ao Brasil, mas outras fazem os consumidores daqui apenas passarem vontade. Veja abaixo aparelhos que, provavelmente, não serão vendidos por aqui.

1) NOKIA N1 TABLET

Quando a Nokia vendeu sua divisão de celulares, parecia que a marca estava morta para os dispositivos eletrônicos. O que restou da companhia, basicamente uma empresa de software e infraestrutura de telecomunicações, fez uma parceria com a chinesa Foxconn e voltou com pequeno tablet. Lançado no ano passado na China por US$ 249, tem um belíssimo design (alô, iPad mini!) e uma modificação do Android interessante. Por que não fizeram isso antes?

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2) JOLLA TABLET

A Jolla também faz parte das ruínas da Nokia: é uma start-up fundada em 2012 por ex-funcionários da empresa. Começou desenvolvendo um sistema operacional próprio, depois telefones e agora está produzindo um tablet de 7,85 polegadas. O Jolla Tablet está arrecadando fundos em uma campanha no site de financiamentos coletivos Indiegogo. Custa US$ 250, mas não está disponível para o Brasil. Só nos EUA, na China e na Europa.

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3) GIONEE ELIFE S5.1

Lançado em setembro do ano passado pela chinesa Gionee, o Elife S5.1 é certificado pelo "Guiness Book" como o celular mais fino do mundo. Tem apenas 5,1 milímetros de espessura. Roda Android 4.4 com uma interface bastante modificada, inspirada no iOS. É comercializado na China por cerca de US$ 300 (também está na Índia). Chances de chegar no Brasil? São baixas, mas existem. Em alguns países, a Gionee não aparece com a própria marca, mas sim com parcerias com outros fabricantes. O representante do estande falou que a Blu seria a parceira para um lançamento brasileiro.

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4) XIAOMI MI NOTE

Esses chineses estão mais perto do Brasil e já até brincaram com isso. Porém, para ver o Mi Note, da Xiaomi, ainda é preciso visitar um evento como o Mobile World Congress. O aparelho estava no estande da fabricante de chips Qualcomm e atraiu muitos curiosos. Lançado em janeiro deste ano, tem tela de 5,7 polegadas (Full HD) e uma interface altamente inspirada no iOS 8 –das cores ao formato dos ícones. Apesar de rodar Android, não conta com um único serviço do Google, o que aumenta ainda mais a sensação de que se trata de um outro sistema operacional.

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5) MONOHM RUNCIBLE

A start-up americana Monohm teve o celular mais lindamente esquisito da feira. Segundo os criadores, o Runcicle é um "antismartphone". Ele não foi feito para lotar o usuário com notificações, mensagens e até ligações (para atender chamadas é preciso de um fone de ouvido!). Faz fotos e vídeos circulares e tem acabamento em belos materiais, como bambu (extraído em Kyoto, Japão) estanho e cobre. Roda uma modificação do Firefox OS e terá alguns apps dedicados criados pela própria start-up. Está em desenvolvimento só há dez meses e não tem previsão de comercialização (mas deverá chegar só às lojas do Japão).

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6) LG FX0

É o telefone mais bonito com Firefox OS que você pode encontrar, mas para isso é preciso ir até ao Japão. Lançado no final de 2014, foi criado pelo designer Tokujin Yoshioka e construído pela LG em um trabalho financiado pela operadora KKDI. A carcaça transparente permite ver detalhes como a entrada para o chip e o nome Firefox OS estampado na bateria. O charme fica pelo logo do Firefox, da raposa correndo o mundo, estampado no botão home. Tem tela tem 4,7 polegadas, 1,5 Gbytes de memória e 16 Gbytes de armazenamento. Custa o equivalente a R$ 1.240.

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7) UBUNTU PHONE

Já faz dois anos que a Canonical anunciou o seu sistema operacional para smartphones, o Ubuntu Phone. Os primeiros telefones, porém, só começam a chegar aos consumidores neste ano. Isso acontece porque a empresa não produz o hardware e depende de parceiros. No estande da Canonical, havia dois aparelhos, um da espanhola BQ e outro da chinesa Meizu –cada um visando seu continente. A chance de chegar ao Brasil é via parcerias, que estão longe de acontecer. O Ubuntu Phone dispensa botões físicos. Os comandos são todos por gestos, e cada um dos quatro lados da tela produz ações diferentes.

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8) SILENTE CIRCLES BLACKPHONE 2

É a segunda versão do telefone para tempos de espionagem da NSA. Criado pela empresa suiça Silente Circles, o BlackPhone 2 conta com tela Full HD de 5,5 polegadas e 3 Gbytes de RAM. Já o sistema operacional, é uma versão bastante alterada do Android, batizada de PrivatOS, que dispensa todos os serviços do Google. A plataforma permite criptografar ligações, mensagens e criar senhas específicas para apps e documentos. O objetivo é elevar ao máximo o nível de privacidade do usuário. Mas no estande, o sistema não estava funcionando no Blackphone 2, só em seu antecessor. Custará US$ 650, mas a lista de países não é conhecida. O Brasil está fora.

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O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Samsung; o jornalista DOUGLAS LAMBERT viajou a convite da Microsoft


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