Folha de S. Paulo


Mineração e ocupação urbana ganham espaço em áreas desmatadas da Amazônia

Projetos de mineração e ocupações urbanas foram as categorias que mais aumentaram sua participação nas áreas desmatadas da Amazônia entre 2008 e 2012. A conclusão consta do Terra Class, estudo do governo federal, por meio de imagens de satélite, mapeia o uso das regiões que sofreram corte raso da vegetação. A nova edição do trabalho foi lançada nesta quarta-feira (26).

Naquele espaço de quatro anos, a mineração e as ocupações urbanas avançaram 7,5% e 6,9% , respectivamente. Eles continuam, no entanto, a serem minoritárias na ocupação das áreas desmatadas, ocupando apenas 0,14% e 0,71% dos 751,3 km2 de floresta destruídas, o equivalente a 18,5% dos 4 milhões de km2 da Amazônia.

Cerca de 60% da área destruída continuam a ser usada para diferentes tipos de pasto. Outros 5,6% são ocupadas por agricultura anual (aquelas com predominância de culturas de ciclo anual), dominada pela soja.

Em 2012, houve um novo aumento também das áreas com vegetação secundária - aquelas em que, após a supressão total encontram-se em processo avançado de regeneração. Se em 2008, essa categoria ocupava 21,2% do total desmatado, em 2010 chegou à proporção de 22,2% e, em 2012, alcançou 22,9%.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, um dos órgãos envolvidos no projeto, entre 2008 e 2012 os 113 mil km2 com "regeneração estável", ou seja, que continuam a se recuperar de maneira contínua e não sofreram novos cortes nesse espaço de tempo, equivalem a 2,5 vezes o total desmatado nesse intervalo (44 mil km2).

Como o Terra Class demanda uma análise demorada de imagens, ele vai apenas até de 2012.


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