Folha de S. Paulo


Novos dados do governo apontam queda no desmatamento na Amazônia

O desmatamento na Amazônia voltou a cair neste ano, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta (26).

Depois de subir 29% no período 2012-2013, a taxa de derrubada da floresta no período 2013-2014 diminuiu em 18%, segundo o sistema Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As medições via imagens de satélite são feitas tradicionalmente entre agosto e julho, o chamado ano fiscal do desmatamento.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

No total, 4.848 km² foram derrubados –o segundo menor número da série história, iniciada em 1988, perdendo apenas para 2011-2012.

O dado pode sofrer atualizações até maio, mas o Ministério do Meio Ambiente diz que elas não irão mudar o fato de que o número é o segundo melhor da série histórica.

O Estado que teve o pior resultado absoluto foi, de novo, o Pará, com 1.829 km². Apenas Roraima (37%) e Acre (41%) tiveram um aumento do desmatamento em comparação ao período anterior.

Segundo a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), o resultado é uma amostra do trabalho de combate ao desmatamento. "O governo Dilma tem os quatro menores índices de desmatamento da Amazônia", afirmou Teixeira.

O Prodes é um dos sistemas de monitoramento de desmatamento do governo federal. Ele tem alta resolução e é especializado em computar o ritmo do corte raso da floresta.

O outro sistema, o Deter, tem como foco orientar ações de fiscalização do Ibama e tem menor resolução. Seus dados, porém, sempre foram usados para indicar tendências enquanto não há Prodes.

A Folha revelou no último dia 8 que o Deter apontou, para agosto e setembro, um desmatamento de 1.626 km², com crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 2013.

Ou seja, as cifras do Deter tratam de meses posteriores ao ano fiscal do Prodes.

O mesmo vale para o dado do Imazon, ONG de Belém que mostrou aumento de 467% no desmatamento em outubro ante o mesmo mês de 2013.


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