O Ibama está preocupado com um novo método do crime organizado para desmatar na Amazônia, que consiste em fazer desmatamentos em pequenos pontos para dificultar a detecção pelo Deter.
Hoje, o sistema, que se baseia em imagens feitas por dois satélites, enxerga apenas cortes em áreas maiores do que 25 hectares.
Por isso, segundo Luciano de Meneses Evaristo, diretor de proteção ambiental, o órgão pretende tornar operacional um Deter mais potente, com capacidade de enxergar desmatamento em áreas a partir de 6,25 hectares.
Os desmatadores tentam driblar o Deter porque a principal função do sistema é justamente orientar a fiscalização do Ibama –o governo federal sempre ressalva que o sistema Deter não foi criado para calcular áreas de desmatamento acumulado.
O dado oficial, mais preciso e anualizado, sai de outro sistema, Prodes.
Não há data marcada para a divulgação desse relatório anual (neste caso, para o intervalo entre agosto de 2013 e julho de 2014, período tradicionalmente utilizado como referência para comparações), o que normalmente ocorre em novembro ou dezembro.
No período anterior (2012-2013), a área total de corte raso apurada pelo Prodes havia sido de 5.891 km², o que significou um aumento de 29% sobre 2011-2012.
De todo modo, o Deter também serve para detectar de modo precoce tendências preocupantes de aumento da destruição. Como agora.