Um novo estudo publicado na revista "Nature" usou uma sofisticada modelagem de computador para simular os efeitos do aquecimento global no degelo de quatro grandes geleiras da Groenlândia e sua consequente interferência na elevação do nível do oceano.
Dirk van As/Divulgação |
Gelo se parte na geleira Kangiata Nunata Sermia, uma das estudadas pelos cientistas |
O grupo verificou que o ritmo de derretimento não deve acompanhar as rápidas taxas dos últimos anos, mas isso não significa que as geleiras irão parar de diminuir.
O estudo prevê que as geleiras acrescentarão algo em torno de 19 mm a 30 mm até 2200 em um cenário de aquecimento moderado, de de 2,8°C. Já em um mundo 4,5°C quente, o incremento poderia chegar a 49 mm no mesmo período.
"É um estudo interessante porque a questão de cenários para essas geleiras da Groenlândia não apareceu muito no último relatório do IPCC (painel da ONU sobre as mudanças climáticas), diz o climatologista José Marengo, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo ele, esses novos dados já devem ser levados em consideração na publicação do próximo relatório, em setembro.