Folha de S. Paulo


Análise: Hostilidade contra refugiados reflete inabilidade do governo húngaro

O governo húngaro vem sendo criticado por sua inabilidade e atitude defensiva frente à crise de refugiados na Europa.

Enquanto em Viena, na Áusria, os refugiados foram recebidos com comida, água, internet gratuita, e banheiros limpos, na Hungria, o tratamento foi o oposto, como relata o correspondente da Folha em Londres, Leandro Colon.

Um vídeo gravado em um acampamento em Roszke mostra cerca de 150 migrantes em um galpão tentando chegar a um ponto de distribuição de comida. Alguns policiais usam máscaras cirúrgicas e capacetes ao jogar sacos com sanduíches para a multidão.

Nesta sexta (11), o primeiro-ministro do país, Viktor Orban anunciou que, a partir da próxima terça (15), entrará em vigor novas leis que estabelecem penas de até cinco anos de reclusão para quem entrar na Hungria de forma ilegal.

Assim como outros países do leste europeu, a Hungria rejeita uma proposta, impulsionada por Alemanha e Áustria, de estabelecer cotas obrigatórias de refugiados para cada país-membro da União Europeia. Ao menos 160 mil pessoas teriam de ser redistribuídas no continente.

Na mesa, em São Paulo, Luciana Coelho e Leda Balbino (editora e editora-adjunta de "Mundo", respectivamente) também falaram sobre a situação dos sírios. Hoje, um em cada cinco refugiados no mundo é sírio.


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