Folha de S. Paulo


Mercado registra recorde de 1,18 bi de viagens pelo mundo em 2015

Xu Jinquan-16.nov.2015/Xinhua
(151116) -- PARIS, noviembre 16, 2015 (Xinhua) -- Turistas esperan en una línea para visitar el Museo del Louvre durante su reapertura en la ciudad de París, capital de Francia, el 16 de noviembre de 2015. De acuerdo con información de la prensa local, París llevó a cabo la reapertura de muchos de sus sitios icónicos turísticos y culturales el lunes, luego del cierre temporal en respuesta a los recientes ataques del 13 de noviembre. (Xinhua/Xu Jinquan) (jp) (ah)
Turistas em frente ao museu do Louvre, em Paris

O turismo ao redor do mundo registrou em 2015 um recorde de 1,18 bilhão de viagens internacionais, 4,4% a mais do que no ano anterior, o que significa 50 milhões de viajantes extras, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT).

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, destacou nesta segunda-feira (19) que esse foi o sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um aumento de 4% ou mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise econômica.

O aumento de 5% das chegadas de turistas internacionais nos destinos das economias avançadas superou o das emergentes, com 4%, graças, principalmente, aos excelentes resultados da Europa, que liderou o crescimento em termos absolutos e relativos. Os resultados não foram iguais em todos os destinos devido a uma oscilação forte das taxas de câmbio, à redução dos preços do petróleo e outros produtos básicos, o que fez com que aumentasse a disponibilidade de renda nos países importadores, mas enfraquecesse nos exportadores.

Além disso, houve uma preocupação crescente quanto à segurança, após os atentados na Tunísia, França e Turquia.

"Não deixemos que o pânico e o medo nos embarguem. Isso é o que os terroristas querem que aconteça. Temos que continuar com nossas vidas, que tem no ato de viajar uma parte importante. Não defendemos o afrouxamento das medidas de segurança, mas pedimos que não sejam impostas restrições à circulação de pessoas, o que representa dar um passo atrás na abertura e nas facilidades para viajar conseguidas até agora", disse o representante da principal organização internacional no campo do turismo.

A força da Europa, que recebeu 609 milhões de turistas em 2015, se deve em parte ao enfraquecimento do euro com relação ao dólar e outras divisas importantes. A Europa Central e o Leste Europeu representaram 6%, se recuperando da queda de 2014, o mesmo crescimento que teve o Norte Europeu. A Europa Meridional e a Mediterrânea e a Ocidental também registraram bons resultados, com avanços de 5% e 4%, respectivamente.

A Ásia e o Pacífico, com uma alta de 5%, registraram 13 milhões mais chegadas internacionais no ano passado, até alcançar as 277 milhões, com resultados desiguais entre os destinos.

O crescimento de 5% nas Américas se traduziu em 9 milhões de viajantes adicionais, até 191 milhões, consolidando assim os excelentes resultados de 2014. A apreciação do dólar estimulou o turismo emissor dos Estados Unidos, o que beneficiou, sobretudo, o Caribe e a América Central, que registraram um crescimento de 7%. Os resultados na América do Sul e América do Norte, em ambos os casos de 4%, foram próximos à média.

O Oriente Médio cresceu 3%, chegando a 54 milhões de turistas, consolidando a recuperação iniciada em 2014, Já os dados para a África apontam a uma queda de 3%, com 53 milhões, depois que as chegadas ao norte do continente caíram 8% e na África Subsaariana, 1%.

Quanto aos principais mercados emissores do mundo, a China segue na vanguarda do turismo emissor mundial, priorizando os destinos asiáticos, como o Japão e a Tailândia, assim como os Estados Unidos e diversos lugares europeus.

Os seguintes mercados foram Estados Unidos e Reino Unido, com subidas de 9% e de 6%, respectivamente, favorecidos por moedas fortes e economias em reativação. Alemanha, Itália e Austrália cresceram a um ritmo mais lento, de 2%, enquanto a demanda do Canadá e da França foi "bem mais fraca".

Por outro lado, a despesa de outros mercados emissores, antes muito dinâmicos, como a Rússia e o Brasil, reduziu significativamente, como reflexo das restrições econômicas de ambos os países e a desvalorização de suas moedas com relação a praticamente todas as demais.

De acordo com a OMT, as perspectivas para 2016 são muito positivas, embora a um nível ligeiramente inferior em comparação aos dois anos anteriores, com uma subida de 4%.


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