Folha de S. Paulo


Centros de esqui europeus se movimentam com novas atrações

A tradição do esqui nasceu na Europa, e as estações do continente hoje se destacam –em especial na comparação com suas "primas" americanas– justamente por serem mais clássicas.

Para os brasileiros, as regiões dos Alpes suíços e franceses há anos se firmaram como destinos preferidos.

Pois ali também ficam os pontos que mais têm concentrado novidades recentes. A maior da temporada 2015/16 abre as portas no começo de dezembro em Courchevel, na França: trata-se do Aquamotion, complexo de mais de 10 mil metros quadrados com parque aquático –incluindo atividades como surfe, escalada e tobogãs– e spa (os tratamentos diários custarão a partir de € 95, R$ 385).

Também começa a funcionar na estação, em 19 de dezembro, o hotel de luxo White 1921, com diárias de ao menos € 750 (R$ 3.042).

As atrações vêm se somar a três hotéis-palácios e 16 estabelecimentos cinco estrelas –além de sete restaurantes com estrelas "Michelin", dentre as 68 casas da estação.

A luxuosa Courchevel faz parte da região conhecida como Trois Vallées (três vales), a maior área esquiável do planeta, com 600 quilômetros de pistas interconectadas.

Também por ali fica a unidade de Val Thorens do Club Med, que completa em dezembro um ano de operação.

Além do básico da rede –como a presença dos "gentis organizadores" e de instrutores de esqui que falam português–, o resort se destaca pela tecnologia: hóspedes usam um aplicativo para checar a programação e têm acesso a wi-fi até nas pistas.

Vizinha, a estação de Val d'Isère nesta temporada vai celebrar 60 anos de abertura de sua pista mais icônica.

Para as festas, haverá dois novos hotéis de luxo e um circuito, desenvolvido pela BMW, para se aventurar com carros e motos pela neve.

A estação é famosa pela animação de seu "après-ski" (a happy hour nos finais de tarde). Ali a moda é o "clubbing in altitude" (balada nas alturas), como a La Folie Douce, de música eletrônica.

Mais discreta e tranquila, Megève tem o Mont Blanc, o pico mais alto dos Alpes, a mais de 4.800 m de altitude (visível de quase todo canto da cidade) e um centrinho medieval que vê a população de 4.000 habitantes aumentar mais de 20 vezes durante a temporada de inverno.

No outro lado dos Alpes, a Suíça, que em 2014/15 comemorou 150 anos do turismo de inverno, a novidade mais recente veio de Gstaad.

A refinada estação inaugurou, na temporada passada, a a Peak Walk, primeira ponte suspensa do mundo a conectar duas montanhas, patrocinada por uma marca de relógios. A passarela tem vista para as montanhas Matterhorn, Mont Blanc e Jungfrau.

Em Titlis, única geleira na Suíça central, agora será possível fazer esqui noturno e se hospedar em um "iglu village" –réplica de expedição polar com direito a banheira de hidromassagem ao ar livre.

A estação ainda vai lançar, em dezembro, uma gôndola ligando os picos Engelberg, Trübsee e Stand.

Mas as grandes estrelas alpinas suíças ainda são St. Moritz e Zermatt –conectadas, aliás, pelo Glacier Express, trem panorâmico autodefinido como "o trem expresso mais lento do mundo", em funcionamento desde 1930.

Zermatt cativa também pela vista onipresente do icônico Matterhorn, montanha que se tornou símbolo do país.

DOS DOIS LADOS

Os Alpes estão no lado leste da França. No oeste, outra cordilheira (Pirineus) também tem chamado a atenção de esquiadores brasileiros.

Andorra, distante cerca de 200 quilômetros do aeroporto de Barcelona, é uma bela escapada dos centros mais populares. Com área pouco menor que Porto Alegre, o principado tem 90% do território coberto por bosques, montanhas e lagos. No inverno, formam-se 110 pistas na estação de Grandvalira e outras 70 na vizinha Vallnord.

O país também seduz pela gastronomia, pelos imensos spas urbanos (como o Caldea e o Inuu) e, sobretudo –se sobrar dinheiro–, pelas compras livres de impostos.

Cuidados na hora de esquiar

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