Folha de S. Paulo


Aeroporto com funcionários digitais é previsto para o futuro do turismo

Escolher o destino das férias simulando a viagem com óculos de realidade virtual que "transporta" ao local. Não ter de passar pela imigração no aeroporto graças a sistemas de reconhecimento biométrico. Viajar em um avião sem classes, em poltronas que se moldam ao corpo.

Devem ser assim as viagens nos próximos anos, segundo estudos da indústria do turismo: com etapas cada vez mais automatizadas, intuitivas e personalizadas.

Editoria de Arte/Folhapress

Não se trata de exercício de futurologia. Algumas ferramentas que parecem saídas de filmes de ficção científica já estão em teste. Em Congonhas, em São Paulo, por exemplo, a Gol começou a operar em setembro um sistema para passageiros pesarem e etiquetarem as próprias malas. Em Heathrow, em Londres, "funcionários" holográficos orientam viajantes.

Até 2017 devem ser feitas as primeiras viagens turísticas ao espaço –depois delas, empresas como a companhia aérea Virgin planejam veículos para tours no fundo do mar.

Aviões translúcidos, com janelas panorâmicas e interativas, estão em estudo para operar até 2050.

O FUTURO É HOJE

Uma das análises mais recentes sobre o tema, o relatório "As Viagens no Futuro: Ano 2024", terá sua conclusão divulgada no Brasil nesta quinta-feira (9).

O estudo foi feito pelo site britânico de busca de passagens Skyscanner, que tem 25 milhões de usuários no mundo, em parceria com o Laboratório do Futuro, consultoria inglesa especializada em detecção de tendências.

Editoria de Arte/Folhapress
futuro turismo
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Com base no relatório, a Folha conversou com outras empresas que fazem projeções do gênero, como a fabricante de aeronaves Airbus, o Google e a empresa de TI para aeroportos Sita.

A maioria concorda que o Brasil pode aproveitar o fato de ser um dos países com maior potencial de crescimento do mercado de viagens para adotar essas novas tecnologias e facilidades.

"Sempre vivemos um atraso significativamente grande na indústria do turismo, mas demos um salto recentemente –por exemplo, com aeroportos concedidos à iniciativa privada, como os de Guarulhos e de Brasília", diz Gustavo Murad, diretor da Amadeus, empresa de TI para a indústria de viagens.

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