Folha de S. Paulo


WhatsApp vai ganhar rival 'inteligente' criado pelo Google

Divulgação
Aplicativo de mensagens Allo, do Google, que vai sugerir respostas
Aplicativo de mensagens Allo, do Google, que vai sugerir respostas

O Google anunciou nesta quarta-feira (18) um aplicativo de mensagens baseado no número do celular do usuário, mesma técnica de autenticação empregada pelo mais popular mensageiro do mundo, WhatsApp. Allo, como é chamado, é integrado ao buscador da empresa e será lançado entre junho e setembro deste ano.

Segundo a empresa, a ideia é simplificar a comunicação e reduzir a digitação do usuário. Para isso, usa inteligência artificial.

O aplicativo sugere respostas a mensagens automaticamente, algo semelhante ao que fazem os teclados "inteligentes" de smartphones, como o SwiftKey, e um dos apps de e-mail do Google, o Inbox.

Além de interpretar texto, o Allo é capaz de decifrar o que é recebido em outros formatos, como emojis ou fotografias –o que deve causar questionamentos de defensores da privacidade na internet.

Há integração com a ferramenta de pesquisa da empresa: nas mensagens, é possível embutir resultados de buscas e "bater-papo" com o assistente virtual Google Now –assim, os usuários evocam a máquina para dentro de sua conversa a fim de, por exemplo, comprar ingressos para o cinema ou fazer uma reserva num restaurante.

No mensageiro, é possível entrar em um modo "anônimo", chamado incógnito, que é criptografado e permite que o usuário escolha que as mensagens sejam destruídas após a leitura –algo tornado popular pelo Snapchat.

Allo, em contraste com o atual app de mensagens do Google, o Hangouts (antigo GTalk), não oferece videochamadas como uma de suas ferramentas, o que é deixado para um segundo app, intitulado Duo.

Uma das novidades presentes no Duo é mostrar ao recipiente da ligação o vídeo do interlocutor antes de atendê-la.

Os anúncios foram feitos durante o primeiro dia da conferência para programadores Google I/O, realizada neste ano nas cercanias do "Googleplex", como a empresa intitula sua sede, no Vale do Silício, entre quarta (18) e sexta (20).

O movimento vai ao encontro dos argumentos apresentados no fim do ano passado por Sundar Pichai, presidente-executivo do Google desde o "spin-off" da empresa e a criação de uma controladora chamada Alphabet, no ano passado. Além do esforço na frente social, integra o aspecto de inteligência artificial.


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