Folha de S. Paulo


Em seis meses, Apple Music chega a 10 mi de assinantes; Spotify levou 6 anos

Andrew Burton/AFP
NEW YORK, NY - AUGUST 07: An advertisement for Apple Music is posted on the streets of Manhattan on August 7, 2015 in New York City. After launching in June Apple announced it has attracted 11 million users during its trial period. Andrew Burton/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
Apple Music alcança 10 mi de assinaturas em 6 meses; Spotify levou 6 anos para alcançar o número

A Apple ultrapassou a marca de 10 milhões de assinantes para o seu serviço de streaming de música. Com isso, levou seis meses para atingir o mesmo número que o Spotify, seu arquirrival, demorou seis para alcançar, dizem fontes familiares com o assunto.

O rápido crescimento do Apple Music, lançado em mais de 100 países em junho, aumentou as apostas para o streaming, uma forma de distribuição que tem dado esperança para a indústria da música depois de mais de uma década de estagnação.

"É uma boa notícia que a Apple está fazendo o streaming funcionar, mas isso também vai acelerar o processo de queda dos downloads", disse Mark Mulligan, analista da indústria musical da consultoria Midia Research. A Apple rapidamente alcançou o Spotify e, com sua atual taxa de crescimento, "tem o potencial de ser o serviço de streaming líder em 2017".

O streaming está se tornando o formato dominante para consumo de música digital e vem crescendo -enquanto as vendas de downloads caem.

Nos Estados Unidos, o total de downloads de álbuns vendidos caiu 9% em 2014, enquanto as vendas de faixas individuais caiu 12%, de acordo com o medidor da Nielsen Music.

Por outro lado, a demanda por streaming cresceu mais de 50%, com 164 bilhões de músicas transmitidas por streaming.

Spotify e Apple têm uma clara vantagem diante da competição. O Deezer, serviço com sede na França, tem mais de 6,3 milhões de usuários e recentemente tentou arrecadar € 300 milhões com a venda de ações em Bolsa, o que elevaria seu valor de mercado para € 1 bilhão.

O Tidal, o serviço do artista Jay Z, disse ter alcançado 1 milhão de assinaturas no mesmo mês.

O Spotify, avaliado em mais de US$ 8 bilhões, preparou o terreno para as vendas de ações na Bolsa. Quando atingiu 10 milhões de assinantes pagos, em 2014, o serviço tinha 40 milhões de usuários ativos em 56 mercados.

A companhia sueca teve crescimento acelerado desde então. Em junho, disse que havia alcançado 20 milhões de usuários pagantes de um total de mais de 75 milhões de ouvintes mensais. É pouco provável que esse número tenha aumentado nos últimos seis meses, período que tem enfrentado competição acirrada na App Store da Apple.

A música deve se tornar cada vez mais importante para os lançamentos da Apple em 2016. O blog 9to5Mac informou na semana passada que a companhia vai dispensar o fone de ouvido de 3,5 mm, o padrão para players de música desde o Walkman da Sony em 1979, para a próxima geração de iPhones.

No lugar dele, fones digitais vão se ligar a um conector Lightning, também usado para carregar e transferir dados. Além de prover um áudio de melhor qualidade, a mudança vai acelerar a mudança para fones sem fio, que já podem ser conectados via bluetooth ao iPhone e ao Apple Watch.

Com isso, a Apple poderá fazer o próximo iPhone ainda mais fino ou com mais espaço para outros componentes, como baterias. Ao mesmo tempo, a companhia poderá promover fones compatíveis da sua subsidiária, a Beats, adquirida por US$ 3 bilhões em 2014.

A Apple se recusou a comentar o assunto.


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