Folha de S. Paulo


Obama cria conta própria no Twitter e levanta polêmica sobre segurança

O presidente dos EUA, Barack Obama, lançou nesta segunda-feira (18) um perfil próprio, @POTUS (President of The United States), separado do mantido pela equipe de comunicação do governo americano.

"Oi, Twitter! É o Barack. Sério! Seis anos aqui [no cargo], e finalmente estão me dando minha própria conta", escreveu o democrata na sua (segunda) estreia na rede.

A página, que angariou 900 mil seguidores em algumas horas de existência, suscitou debate sobre a possibilidade de o governante não estar usando uma plataforma segura o suficiente.

O primeiro tuíte foi enviado de um iPhone –a rede social exibe a plataforma usada para a publicação–, a despeito de Obama historicamente ter dito ser usuário de um antigo BlackBerry, teoricamente mais seguro.

Ao site BuzzFeed, a Casa Branca disse que o aparelho não pertence a ele, mas sim a um funcionário da Presidência.

Reprodução/Twitter.com/ks44
Imagem tuitada por Kori Schulman, diretora de engajamento on-line da Casa Branca, mostra Obama supostamente publicando seu primeiro tuíte em seu gabinete, em Washington
Imagem tuitada por Kori Schulman, diretora de engajamento on-line da Casa Branca, mostra Obama supostamente publicando seu primeiro tuíte em seu gabinete, em Washington

Na descrição da conta, a Casa Branca alerta que os tuítes que mencionam @POTUS, as respostas, retuítes e mensagens diretas à conta –assim como as demais da Presidência– são registrados. O material poderia ser eventualmente usado em investigações, por exemplo.

Em 2013, Obama afirmou à revista "Time" que não lhe era permitido usar o celular da Apple. A plataforma da BlackBerry, uma companhia canadense, usa criptografia (o embaralhamento virtual de informações a fim de protegê-las) mais complexa e, teoricamente, mais segura do que as demais empresas de celular.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, é sabidamente uma usuária do chamado BB.

Para o site "Apple Insider", as mudanças implementadas no campo de segurança digital pela Apple na última versão do sistema do iPhone, o iOS 8, podem ter sido suficientes para que a Casa Branca passasse a considerar a plataforma protegida.

"A segurança foi incrementada com coisas como criptografia padrão do disco, o que –se usado em conjunto com uma senha complexa e outras medidas– pode fazer do iPhone um aparelho extremamente difícil de invadir", escreveu o site.


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