Folha de S. Paulo


Fone da Motorola promete controle do celular sem as mãos, mas só é bom no básico

Imagine um conto de fadas em que o Grilo Falante entra na sua orelha e vira seu secretário particular. Essa é a sensação de usar o Moto Hint ("dica", em inglês), fone que interpreta comandos de voz.

Ao contrário de boa parte dos aparelhos do tipo, o Hint tem peso (6 gramas) que o torna quase imperceptível. Em minutos é possível esquecer-se dele, graças a seu design mais ergonômico que o de fones com fio feitos pela empresa e a suas borrachinhas, que vêm em três tamanhos.

O pareamento bluetooth é simples e não precisa de senha, tanto em celulares Android como no iPhone -a Folha testou o Hint com um Moto X (Android 5.0 Lollipop) e com um iPhone 5s (iOS 8.1).

Reprodução
Imagem do Moto Hint em vídeo de divulgação da Motorola
Imagem do Moto Hint em vídeo de divulgação da Motorola

Conectado, o fone avisa quanto tempo de conversa há com a carga atual -o máximo é três horas- e passa a receber comandos. Com um toque na lateral, ele emite um bipe e passa a "ouvir" o usuário. Então, os limites ficam mais por conta do celular.

Ordens simples funcionam facilmente ("Ligue para fulano", "Qual é a previsão do tempo?"). O problema é com tarefas elaboradas, como ditar mensagens, que nem sempre saem a contento. A questão aparece até no Moto X, que aceita mais comandos.

O microfone, tanto em ligações como para as ordens, funciona sem a necessidade de alterar o tom de voz. O som é particularmente claro durante ligações. Para ouvir música, no entanto, o Hint não é recomendável -primeiro, porque o som é mono; segundo, porque o volume é parecido ao de um leve sussurro.

Um destaque é o carregador, que funciona também para guardar o aparelho. É uma elegante caixinha, dotada de bateria alimentada por USB que, segundo a Motorola, recarrega o fone até três vezes sem voltar à tomada.

O Hint promete mais do que entrega. Mesmo assim, é bastante eficiente em comandar as funções primordiais de um celular. Dica: para quem passa muito tempo no trânsito, por exemplo, é perfeito.


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