Folha de S. Paulo


Gigante de segurança vai ter no país escritório contra cibercrime

A RSA, divisão de segurança da multinacional de tecnologia EMC, vai abrir no Brasil o terceiro escritório de sua divisão de crimes cibernéticos.

Referência no segmento, a empresa já possui nos Estados Unidos e em Israel unidades que monitoram os ataques ao redor do mundo. Ao todo, são 150 analistas especializados, entre eles hackers.

Editoria de Arte/Folhapress

Ainda não há, porém, data e local definidos. A EMC já tem hoje, na Ilha do Fundão, no Rio, seu centro global de estudos de "big data" (captura e processamento de grandes volumes de dados) voltado a petróleo e gás.

Segundo Rob Sadowsky, diretor de soluções tecnológicas em segurança da RSA, o compartilhamento de dados é um pressuposto para se combater o cibercrime.

"As empresas precisam abrir as informações sobre os ataques que sofrem, como foram invadidas, as técnicas usadas, quem invade. A melhor defesa é entender o que esse grupo tão fechado faz", diz. "Os já hackers fazem entre eles, as empresas precisam fazer entre si."

De acordo com a RSA, em 2012, os ataques de phishing (tentativa de enganar usuários para obter seus dados, seja por e-mail ou sites falsos) deram prejuízo de US$ 1,5 bilhão para a economia mundial, alta de 22% ante 2011. Em números de ataques, o aumento foi da ordem de 59%.

Para o executivo, com o movimento da explosão de dados ("big data"), da transferência de conteúdo para a nuvem e da virtualização de informações, os níveis de segurança exigidos crescem exponencialmente.

"Antes havia limites claros nos servidores, com delimitações para implementar medidas de segurança. Mas fronteiras desapareceram. E o acesso de plataformas móveis, como celulares e tablets, deixa tudo mais perigoso", afirma Sadowsky.


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