Folha de S. Paulo


Brasileiros estão dispostos a pagar mais por apps pré-instalados em smartphones

Você pagaria mais caro por um smartphone se ele viesse com aplicativos pré-embarcados, como redes sociais, jogos e serviços de transmissão de áudio e vídeo?

Uma pesquisa recente do Ibope concluiu que os brasileiros estão dispostos a gastar mais em um aparelho que já venha com outros programas instalados além dos de fábrica.

Segundo o estudo, encomendado pela fabricante de chips para telefones celulares Qualcomm, os brasileiros têm propensão a desembolsar entre R$ 27 e R$ 93 a mais num dispositivo móvel em troca de um pacote personalizado de apps pré-instalados.

Dario dal Piaz, diretor de ecossistema de softwares e aplicativos da Qualcomm, diz que essa preferência se justifica pela falta de conhecimento de alguns usuários e pela recente adoção dos smartphones em seu dia a dia --70% dos entrevistados tinham menos de seis meses de experiência com um telefone inteligente.

"Algumas pessoas sabem muito pouco desse mundo dos aplicativos, por isso dão valor a aparelhos pré-configurados", afirma o executivo. "Essa é uma tendência que está crescendo."

Outro resultado da falta de experiência é o uso pouco variado dos dispositivos. De acordo com a pesquisa, as três atividades mais realizadas por donos de smartphones são: fazer e receber ligações --executadas por 92% dos brasileiros--, acessar as redes sociais (80%) e ouvir música (77%). No outro extremo, fazer compras (12%) e efetuar transações bancárias (27%) são tarefas ainda pouco exploradas.

Apesar de a maioria possuir smartphones há pouco tempo, 51% dos usuários têm o hábito de procurar novos apps semanalmente. Os consumidores entre 18 e 35 anos das classes B e C são os que mais correm atrás das novidades.

Mas os aplicativos mais utilizados pelos brasileiros são aqueles mais antigos, já conhecidos por sua popularidade. O ranking é liderado pelo Facebook --usado por 65% dos entrevistados--, Google (33%), Gmail (23%), Hotmail (23%) e Youtube (21%).

A pesquisa foi realizada com 600 participantes entre 15 e 54 anos das classes A, B e C, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois principais mercados de smartphones do país.


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