Folha de S. Paulo


Aplicativo de música Deezer é lançado no Brasil com nova função

O Deezer, serviço de música on-line por streaming, oficializa nesta sexta (26) sua chegada ao Brasil com o lançamento do "smart caching", uma capacidade que permite a usuários de seu aplicativo para iPhone o armazenamento automático de faixas reproduzidas, o que propiciaria economia de até 70% no plano de dados, segundo a empresa.

Reprodução
Deezer, site recém-chegado ao Brasil, oferece música por streaming com planos de R$ 8,90 e R$ 14,90
Deezer, site recém-chegado ao Brasil, oferece música por streaming com planos de R$ 8,90 e R$ 14,90

O lançamento vale para todos os países em que o Deezer está disponível --como a França, de onde é originário-- mas só para o app de iOS (também há aplicativos para Android, BlackBerry e iPad ).

O "smart caching", que será levado às outras plataformas "em breve", segundo a companhia, guarda as canções mais reproduzidas pelo usuário no seu dispositivo móvel assim que elas são carregadas.

Dessa maneira, não há necessidade de baixar as canções outra vez ao repeti-las.

Segundo a empresa, 70% da "atividade musical" de seus usuários corresponde à reprodução de conteúdo já tocado anteriormente.

O QUE É

A exemplo do Deezer, serviços de música por streaming, como o Spotify (indisponível no Brasil) e o Rdio permitem escutar música sem que o download de uma faixa tenha sido concluído.

Disponível por aqui desde 18 de janeiro, o Deezer diz ter disponíveis 20 milhões de canções, graças a contratos com as principais gravadoras (Universal, Warner, EMI e Som Liver) e por volta de 2.000 selos independentes.

Para contas gratuitas, o serviço permite um número limitado de reproduções. A assinatura que permite uso ilimitado, incluindo dispositivos móveis, custa R$ 14,90 mensais, enquanto o preço da que restringe o uso à versão web do Deezer é de R$ 8,90.

BRASIL

Por ser um mercado ainda "virgem", nas palavras do executivo-chefe do Deezer, Axel Dauchez, o Brasil é importante para a empresa. "Encaramos o país como um continente por causa de seu tamanho e de sua diversidade musical", diz Dauchez à Folha durante uma passagem do executivo por São Paulo nesta quinta (25).

"É muito mais diverso [musicalmente e nos dias de hoje] do que a Ásia, por exemplo. Se prosperarmos aqui, podemos prosperar em qualquer lugar."

A responsável por adequar e atualizar o catálogo de músicas do Deezer no Brasil é Yasmin Muller, ex-MTV.

Divulgação
Executivos do serviço de música por streaming Deezer: o presidente-executivo Axel Dauchez (esq.) e o gerente de operação na América Latina Mathieu Le Roux durante entrevista em São Paulo
Executivos do serviço de música por streaming Deezer: o presidente-executivo Axel Dauchez (esq.) e o gerente de operação na América Latina Mathieu Le Roux durante entrevista em São Paulo

A empresa diz que não foi necessário muito esforço para que o serviço "engatasse" no país e ganhasse popularidade. "Começamos a operar no Brasil de maneira silenciosa e, no mesmo dia, o país se tornou o segundo em novos usuários."

A companhia não diz quantos usuários tem localmente --no mundo, são 26 milhões, entre os quais 3 milhões pagam para usar o serviço.

O escritório no país foi aberto em setembro do ano passado, com Mathieu Le Roux na liderança local e da América Latina. Le Roux diz que a operação brasileira faz parte da estratégia de focar em mercados emergentes --o Deezer não está disponível nos EUA, por exemplo.


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