Folha de S. Paulo


Conheça 5 pessoas que usaram a piscina para mudar a vida

Entre o universitário que passou a nadar aos 13 anos para perder peso e a aposentada que achou na piscina uma forma de voltar a se cuidar, veja a história de cinco pessoas que frequentam bastante as piscinas de São Paulo.

Zacharias Waleski, 85, professor aposentado

Foi por causa dos bailes de dança que, há 40 anos, Zacharias começou a frequentar o clube Piratininga. Ficou tão conhecido ali que se tornou o diretor esportivo cinco anos depois. É ele quem hoje dá as aulas de ginástica diárias, na borda da piscina. "Mas não recebo nada. O lucro é a satisfação da turma maravilhosa." Zacharias bate ponto lá todos os dias de sol, quando relaxa e faz exercícios terapêuticos na água.

*

Sandra Heloísa, 59, aposentada

Aos 59 anos, a aposentada usa a piscina do Sesc Santana há oito. "Vim depois que minha mãe morreu. Fiquei tão focada em cuidar dela que esqueci de viver. Quando ela se foi, me senti presa em casa." Sandra, que também faz as aulas abertas na unidade, diz que acabou ganhando amigos. "Fazemos amizade na água, depois tomamos um cafezinho, conversamos. É bom porque distrai a cabeça e muda a rotina."

*

Rafael Alexandre Costa, 21, universitário

Rafael entrou na piscina para perder peso, aos 13 anos, mas ouviu que tinha futuro na natação e começou a treinar com afinco. Hoje, passa até uma hora e 20 minutos na piscina do Sesc Santo Amaro, de segunda a sábado. Há duas semanas, fez o melhor tempo da vida: 50 m em menos de um minuto. O detalhe é que Rafael é cadeirante. "Minha vida melhorou muito depois que comecei a nadar, mas também fiz muitos amigos, entre funcionários e usuários."

*

Maria Teresa Rocco, 47, salva-vidas

Maria Teresa Rocco é salva-vidas no CE Vila Manchester desde 1992. "Quando entrei, não tinha quase nenhuma mulher na ocupação. Saiu reportagem comigo e até recebi proposta para posar para a 'Playboy', mas desisti por causa do meu pai", conta ela, que foi casada por 23 anos com um colega de profissão. Eles trabalham juntos até hoje no centro esportivo da zona leste.

*

Anézia Maria de Castro Cordeiro, 77, aposentada

Depois que Anézia perdeu o marido, bateu a tristeza de ficar em casa sozinha. "Entrei em depressão e meus filhos sugeriram que eu fizesse algo fora." Isso foi há 14 anos e, desde então, ela é assídua das aulas de hidroginástica do Sesc Pompeia. "Foi muito bom conviver com outras pessoas, fiz muitos amigos e a saúde melhorou também", ela diz. Haja fôlego para continuar desfilando na Rosas de Ouro, como faz há sete anos.


Endereço da página: