Folha de S. Paulo


Mariana Aydar fala sobre nova fase e show deste fim de semana

Mariana Aydar, 33, está vivendo uma fase inspiradora. Mãe de primeira viagem da pequena Brisa, de apenas cinco meses, a cantora está voltando a compor e a fazer shows.

Neste domingo (20), ela toca no parque da Juventude a convite do projeto Cultura Livre SP, que leva atividades gratuitas a espaços públicos da cidade.

Em entrevista à sãopaulo, ela fala sobre o atual momento e dá pistas do que preparou para a apresentação.

Zanone Fraissat/Folhapress
Cantora Mariana Aydar promete surpresas em show de graça e ao ar livre neste domingo (20)
Cantora Mariana Aydar promete surpresas em show de graça e ao ar livre neste domingo (20)

sãopaulo - O que a maternidade mudou na sua vida?
Mariana Aydar - Me deixou mais leve. Ter um filho muda tudo, mas nada que não de para reorganizar. Você aproveita o tempo que tem da maneira possível. Ela está me inspirando a compor. Canto muito para ela. Ela vai tá lá atrás do palco. Eu amava essa vida quando era pequena e acompanhava meus pais. Onde eu puder, eu vou levá-la.

Está preparando algo novo? Algo que possa ser mostrado no show de domingo?
Novo não. Essa ideia ainda está totalmente na semente. Estou começando a pensar. Não é para esse ano, talvez para o final do ano que vem. Não vou fazer exatamente o show do último disco ["Cavaleiro Selvagem Aqui te Sigo", lançado em 2011]. Vou misturar os últimos discos e fazer umas surpresas. Uma homenagem ao Emílio Santiago, releituras...

"Cavaleiro" foi feito após um retiro, certo? Existe um lugar melhor para criar?
Eu gosto sempre de estar próxima do mar, da natureza. Inclusive estou aqui na praia, na Bahia. Mas não tem assim um lugar. A inspiração vem, às vezes, quando você está almoçando... (risos)

O que mudou de quando você começou a carreira até hoje?
A gente vai se conhecendo melhor. Vai crescendo. Eu estou sabendo melhor o que eu quero, o que eu preciso cantar, o que não pode faltar. O filho também é um grande espelho. A maternidade é uma grande transformação. O novo disco é sempre um espelho do que esta acontecendo a sua vida. Você tem algumas pistas, mas não é concreto enquanto está fazendo. Só visualiza mais no fim.

Você gosta de experimentar instrumentos. Está trabalhando com algo diferente?
Agora não tô com muito tempo pra isso. Queria mesmo me dedicar ao baixo, nas horas que eu tiver.

Em uma entrevista, você disse que vive em uma intensa busca. O que está buscando neste momento?
No momento eu estou me divertindo (risos). A criança traz coisas tão bonitas, que estão dentro de você mesma... É muito profundo. Você vive de uma maneira leve. Minha dedicação é para essa leveza. Minha filha se chama Brisa, é exatamente isso.

Você ainda é fã de CD?
(risos) Eu comprei meu primeiro disco no iTunes, o do Emicida, e tô completamente apaixonada. Tenho que me segurar. Você vai se empolgando e às vezes gasta muito mais do que devia. Achei muito prático. Mas gosto muito de CD, coleciono e tals. Fico com vontade de ver a capa. Tem discos que acho que preciso ter a capa. Mas faz um tempo que não compro, o último foi "Abraçaço", do Caetano.

Como foi o convite para tocar no projeto Cultura Livre SP?
Apareceu no meu escritório, não sei direito como foi. Mas achei demais ter a oportunidade de tocar de graça, num parque, de dia assim. É uma outra "vibe", entrega das pessoas... uma oportunidade de um monte de gente conhecer seu trabalho. É uma iniciativa importante. Tem tantos lugares para serem ocupados...

Pq. da Juventude - palco principal. Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Canindé, região norte, tel. 2251-2706. 30 mil pessoas. Dom. (20): 14h. 60 min. Livre. Estac. (R$ 10 a 1ª h). GRÁTIS


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