Políticos, artistas e manifestantes... Veja o que foi dito (e às vezes destido) sobre os protestos que se espalharam por São Paulo nos últimos dias
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Fernando Haddad
13 JUNHO
"Vou repetir para deixar bastante claro: não pretendo [revogar os R$ 3,20], porque o esforço que foi feito ao longo do ano para que o reajuste da tarifa fosse muito abaixo da infl ação foi enorme", em coletiva de imprensa na prefeitura
14 JUNHO
"O movimento deveria se abrir ao diálogo para compreender a situação, inclusive para que eles se familiarizem com um assunto que muitas vezes desconhecem", em nota publicada no site da prefeitura
18 JUNHO
"Se me ajudarem a tomar uma decisão nessa direção [redução do valor], vou me subordinar à vontade das pessoas, porque sou o prefeito para fazer o que as pessoas querem que eu faça", na reunisão do conselho da cidade
19 JUNHO
"A coisa mais fácil do mundo é agradar no curto prazo, tomar uma decisão de caráter populista sem explicar para a sociedade as implicações da decisão que você está tomando", em entrevista na sede da prefeitura
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Geraldo Alckmin
11 JUNHO
"Os reajustes [...] foram menores que a inflação. Os ganhos de eficiência e produtividade foram transferidos ao usuário do sistema", durante viagem oficial a Paris
13 JUNHO
"Parabéns a toda a população de Guaratinguetá pelos 383 anos da cidade. Boa noite a todos!", no twitter, no quarto dia de protestos. Na mesma noite, disse que o Governo não toleraria vandalismo
17 JUNHO
"Não será utilizada bala de borracha. Aliás, nós proibimos utilização de bala de borracha em manifestações públicas", em Campinas, indicando como a Polícia Militar acompanharia o quinto dia de manifestações
19 JUNHO
"Vamos revogar o reajuste, voltando à tarifa original de R$ 3. Sacrifício grande", ao anunciar, ao lado de Haddad, a redução das tarifas de trem e metrô
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"Os que foram ontem às ruas deram uma mensagem direta ao conjunto da sociedade, sobretudo aos governantes de todas as instâncias", Dilma, em cerimônia no Palácio do Planalto, na terça (18), um dia após os protestos atingirem 12 capitais
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"Tinha punk de moicano e playboy de mocassim. Patricinha de olho azul e rasta de olho vermelho.[...] Sejamos francos, companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem os manifestantes, muito menos este que vos escreve", Antonio Prata, colunista da Folha, sobre a passeata de segunda (17)
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"Vamos esquecer toda essa confusão [...] e vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é o nosso sangue", Pelé, em declaração para a TV Tribuna, de Santos, na quarta (19)
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"Peço que quem nunca errou na vida que atire a primeira pedra", Pierre Ramon de Oliveira, 20, estudante de Arquitetura acusado de depredar a sede da prefeitura, na terça (18)
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"Jamais pensei que ele fosse atirar", Giuliana Vallone, repórter da TV Folha, atingida por bala de borracha disparada por um policial, na semana retrasada
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"Não titubeei em participar e o fiz com júbilo. Espero que o movimento continue em todo o Brasil, e que nossos governantes tenham como prioridade política, social e humana uma resposta honesta e transparente ao nosso apelo. Espero com ansiedade o repúdio à PEC 37, essa manobra imoral que quer nos tirar a fundamental ajuda do Ministério Público, e que essa inacreditável "discussão" sobre "cura gay" possa falir como uma piada de mau gosto", escritora Adélia Prado, 77, foi ao largo da Batata na segunda (17)
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"Posso dizer que foi um dos melhores momentos da minha vida. Senti que não estamos nem somos sozinhos", atriz Giselle Itié, 31, marchou pela zona oeste na segunda (17)
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"Estes protestos têm cinco principais pontos. Um: são totalmente inesperados. Dois: surgiram numa sociedade totalmente entediada. Três: a liderança é escassa. Quatro: não têm foco político. Cinco: os resultados obtidos são subtraídos de quem os fez. Esses pontos são apontados como defeito, mas os eventos não seriam assim se não fossem por eles. É como querer que a banana seja dura e salgada", Renato Janine Ribeiro, filósofo que preparou a aula "O que está acontecendo nas ruas do Brasil - muito além dos 20 centavos", na Casa do Saber, de graça
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"A transformação principal não vem pela conquista do poder público. Se fosse isso, a gente estava filiado a algum partido disputando algum cargo", Lucas Monteiro de Oliveira, 29, do Movimento Passe Livre, à TV Cultura, na segunda (17)