Folha de S. Paulo


Para Aécio, não há tempo para aprovar financiamento privado para 2018

Renato Costa/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 04/07/2017, O senador Aécio Neves (PSDB-MG) no plenário de Senado Federal, em Brasília (SP). Depois de 48 dias longe do Congresso, o senador Aécio Neves reassumiu nesta terça-feira (4) a atividade parlamentar após decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello.. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
Aécio Neves (PSDB-MG) no plenário do Senado

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quarta-feira (23) que, embora defenda o financiamento privado de campanhas, acredita que não haverá tempo para que um projeto sobre o tema seja aprovado para as eleições de 2018.

"Não acredito que haja tempo para mexer nisso agora, por mais que eu acredite que no futuro a discussão voltará", afirmou. O tucano explica que defende "limites muito mais estreitos" para o financiamento empresarial do que o modelo que era válido até 2015.

"É muito pouco provável que possamos ter o retorno do financiamento privado no ano que vem. Ele não é consensual aqui na Casa. É preciso encontrar uma alternativa", disse. Como proposta para financiar as eleições de 2018, Aécio disse ver com bons olhos um projeto do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Pela proposta do senador goiano, um fundo de cerca de R$ 2 bilhões financiaria as eleições. O dinheiro viria do fim das propagandas eleitorais em emissoras de rádio e TV e de multas aplicadas a partidos. O projeto está pronto para votação em plenário, mas ainda não há data prevista para a matéria ser apreciada.

REFORMA POLÍTICA

Aécio comemorou ainda a aprovação de um projeto pela Câmara do qual foi co-autor. A comissão especial da reforma política analisou nesta quarta o texto que prevê o fim das coligações e cria uma cláusula de desempenho para os partidos de 1,5%.

Ele disse ter acertado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o projeto deve ser votado na próxima terça-feira (29). O senador deve falar ainda com Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado, para que a Casa analise a proposta em até 15 dias.

"Estamos vendo uma dificuldade enorme na Câmara e no Congresso em aprovar medidas estruturantes na reforma política", disse.

Diante disso, o tucano acredita que o projeto aprovado nesta quarta em comissão da Câmara deve ser um dos poucos que terão validade para as eleições do ano que vem. "Acredito eu que será a única questão relevante de fundo em condições de ser aprovada nas duas casas do congresso nacional para valer pro ano que vem."

Todas as modificações na legislação eleitoral precisavam estar aprovadas até o fim de setembro para valerem para a disputa de 2018.


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