Folha de S. Paulo


Sem Lula, Pimentel vai homenagear Mandela em evento da Inconfidência

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), vai homenagear o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela (1918-2013) com o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência, no dia 21 de abril, em Ouro Preto.

O orador da cerimônia será o próprio governador. Havia a expectativa de que o ex-presidente Lula fizesse o discurso do evento, mas o petista desistiu de comparecer.

De acordo com o Instituto Lula, a desistência não tem ligação com as delações da Odebrecht tornadas públicas na semana passada e foi decidida antes disso. Uma das razões seria o fato de o ex-presidente já ter recebido o Grande Colar, em 2003, durante o governo de Aécio Neves (PSDB).

Mandela, que já recebeu o prêmio Nobel da paz, lutou contra o regime de segregação racial na África do Sul. O embaixador do país no Brasil, Joseph Mashimbye, irá receber a homenagem representando Mandela.

Em 2016, o ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica foi o principal nome da cerimônia.

Criada em 1952 por Juscelino Kubitschek, a Medalha da Inconfidência tem quatro graus de designações –Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. A maior honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais costuma homenagear políticos, juristas, advogados, militares e outras autoridades.

Pimentel aumentou, por meio de um decreto publicado nesta quarta (19), o número máximo de medalhas que podem ser concedidas a cada ano. No total, serão 170: 40 Grandes Medalhas, 58 Medalhas de Honra e 72 Medalhas da Inconfidência. A lista de homenageados ainda não foi divulgada pelo governo mineiro.

Os nomes são escolhidos pelo Conselho da Medalha, formado por representantes dos três Poderes e por entidades civis.


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