Folha de S. Paulo


Apartamento funcional de Cunha é esvaziado com mais de 1 mês de atraso

Pedro Ladeira/Folhapress
Funcionários carregam caminhão com a mudança do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Funcionários carregam caminhão com a mudança do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O apartamento funcional que era ocupado pelo deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, foi esvaziado nesta sexta-feira (4).

Até o meio da tarde, a chave ainda não havia sido entregue à Quarta Secretaria da Câmara dos Deputados, responsável pelos imóveis funcionais da Casa.

Cunha teve o mandato cassado por 450 votos a 10 em 12 de setembro, acusado de mentir à CPI da Petrobras. Ele deveria ter desocupado o apartamento da Câmara, onde passou a morar depois de renunciar à Presidência da Casa e ficou até 13 de outubro, 30 dias depois. A não devolução do imóvel no tempo previsto incide numa multa de R$ 141,77 por dia.

A Quarta Secretaria já mandou notificação informando o ex-deputado sobre a penalidade pelo atraso. Contudo, ainda não há decisão sobre o pagamento da multa, que já ultrapassa R$ 7 mil. A depender da justificativa para a demora na desocupação do imóvel, a multa pode ser suspensa.

Apesar de saber do prazo para a devolução do imóvel funcional e da multa, Cunha continuava, após perder o mandato, a usar o apartamento para se reunir com aliados. Foi lá, inclusive, que ele acabou preso, em 19 de outubro.

Os itens da mudança de Cunha foram encaixotados por uma empresa. Os funcionários chegaram ao prédio em que fica o apartamento, na Asa Sul, Brasília, esta manhã e saíram de lá no meio da tarde. Os pertences do ex-deputado e sua família serão levados para sua casa no Rio de Janeiro.


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