A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro solicitará que as tropas das Forças Armadas que atuarão durante as eleições municipais permaneçam no Estado por mais 48 horas após o encerramento da votação.
O motivo é que o Rio vive o recrudescimento da violência em função da crise fiscal em que se encontra o governo do Estado, que declarou estado de calamidade pública em junho.
Houve aumento recente dos índices de violência e somente neste ano ao menos dez candidatos a vereador em cidades do interior foram assassinados.
Na semana passada, um pré-candidato a vereador por Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi assassinado a tiros na porta de casa. Conhecido como Berém do Pilar, Sérgio da Conceição de Almeida viva em uma área dominada por milícias.
A PRE informou por meio de nota que solicitou à Procuradoria-Geral da União que interceda junto ao Ministério da Defesa a prorrogação da presença dos militares no Estado.
Na semana passada, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse, em evento no Rio, que está discutindo a possibilidade com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio.
Procurada, a assessoria do ministério afirmou que ainda não há definição sobre o assunto dentro da pasta.
A PRE também solicitou à Polícia Federal que apure os casos de homicídios no Estado do Rio. Se confirmados que as mortes têm ligação com interesses eleitorais, a investigação caberia à PF, informou a nota.
"O aumento dos índice de criminalidade tem gerado um clima e extrema insegurança e temos na população fluminense", diz a nota.
"A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio quer a permanência das Forças Armadas na cidade para garantir a segurança de eleitores e candidatos durante as eleições deste ano".