Folha de S. Paulo


Novo calendário pode antecipar votação de impeachment de Dilma

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador Raimundo Lira posa para foto em Plenário após tomar posse no lugar de Vital do Rêgo, que assumiu o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União.
Senador Raimundo Lira, no plenário

O plenário do Senado poderá votar no dia 11 de maio a abertura do processo de impeachment da presidente, de acordo com novo calendário de tramitação definido pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado para presidir a comissão especial sobre o caso.

Lira contou à Folha que, se depender dele, a comissão votará no dia 6 de maio, uma sexta-feira, o parecer pela admissibilidade ou não do processo de afastamento de Dilma. Com isso, abrirá o prazo necessário de 48 horas (excluindo fim de semana), nos dias 9 e 10, para que a votação seja realizada em plenário no dia 11.

Até esta manhã, Lira trabalhava com a hipótese de a comissão encerrar os trabalhos no dia 9 –neste caso, o plenário então poderia apreciar o caso somente a partir de 12 de maio.

A decisão de mudar as datas foi tomada por ele depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), repassou nesta segunda-feira (25) à comissão a prerrogativa por usar dez dias úteis ou corridos para concluir sua missão no processo de impeachment. "Fiz uma média entre úteis e corridos e decidi pelo dia 6", afirmou o senador.

A comissão foi eleita em plenário nesta segunda e vai realizar sua primeira reunião nesta terça (26) pela manhã. Lira deverá apresentar seu calendário, que poderá ser alterado ou não, a depender dos rumos dos trabalhos.

Neste primeiro encontro será eleito o relator da comissão, função responsável por apresentar um parecer contra ou a favor da abertura do processo de afastamento de Dilma. O PSDB indicou o senador Antonio Anastasia (MG), mas o PT é contra, apesar de não ter votos para barrar a escolha tucana.


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