Folha de S. Paulo


Ministério do Esporte corre risco de ser extinto em eventual gestão Temer

Sérgio Lima - 28.jan.2015/Folhapress
O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser
O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser

O Esporte corre o risco de perder o status de ministério em um eventual governo Michel Temer (PMDB).

A pasta pode entrar no corte de ministérios se o vice-presidente assumir a Presidência, mas há um porém: a Olimpíada do Rio, em agosto.

A Folha apurou que membros do PMDB avaliam ser ruim rebaixar o Esporte para uma secretaria ligada à Cultura a poucos meses da Rio-2016. O mais provável é que a alteração seja feita apenas entre setembro e outubro.

Hoje, o Esporte tem um ministro interino, Ricardo Leyser, que é filiado ao PC do B, partido totalmente favorável ao governo Dilma Rousseff.

Se Temer assumir, Leyser não seguirá ministro mesmo se a pasta mantiver seu status. É possível, porém, que ele seja convidado a continuar no ministério para tocar assuntos relativos à Olimpíada, sua especialidade e com o que lidava como secretário de Alto Rendimento –resta saber se ele aceitará, e se o partido dará a autorização.

O ministro de Temer para o Esporte deve ser indicação do PMDB do Rio, mas não se pode descartar a possibilidade de o PRB voltar à pasta –o partido teve o ministério até meados de março, quando rompeu com o governo Dilma.

Funcionários do Esporte avaliam que mesmo se a petista permanecer no poder, a pasta corre o risco de acabar. Com o fim dos dois grandes eventos que o Brasil foi escolhido para sediar, a Copa-2014 e a Rio-2016, o orçamento federal para o esporte deve diminuir e o foco passará a ser governança do futebol, com a fiscalização dos clubes devedores por meio do Profut, a lei de responsabilidade fiscal, e ações sociais.


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