Folha de S. Paulo


Sítio frequentado por Lula é alvo de furto; polícia diz que foi crime comum

Flávio Ferreira/Folhapress
Flávio Ferreira/Folhapress
Objetos do sítio em Atibaia frequentado por Lula que foram recuperados pela polícia

O sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi arrombado na tarde desta quinta-feira (7) e foram furtados um aparelho de TV, um parelho de DVD, uma caixa de charutos cubanos, bebidas e um calçado, segundo a Polícia Civil.

O delegado seccional de Bragança Paulista José Henrique Ventura afastou a hipótese de o delito ter alguma conotação política. "Pelo que temos até agora, sem dúvida alguma foi um crime comum. Foi uma oportunidade aproveitada por moradores das imediações, é um delito de mero acaso", disse o delegado.

Foram detidos Jeconias dos Santos e Lenon Batista dos Santos e apenas as bebidas não foram recuperadas. Ao chegar à delegacia central de Atibaia eles negaram a prática do crime. O sítio passou por perícia que se estendeu até o início da noite.

A polícia investiga a hipótese de mais dois homens, um deles menor de idade, terem participado do furto. Esses dois suspeitos, que também seriam moradores da região, estão sendo procurados.

Segundo os investigadores, os detidos entraram no sítio quando o caseiro, Élcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona, não estava no local.

Porém, quando o caseiro retornou ao imóvel percebeu uma movimentação suspeita e ligou para a polícia.

Ao chegarem, os investigadores não encontraram ninguém e começaram buscas pela região. Os dois detidos foram encontrados em um mata próxima com os objetos furtados, segundo a polícia.

O caseiro foi à delegacia de Atibaia registrar a ocorrência do furto e indagado sobre quem é o dono do sítio confirmou a versão de Lula e dos donos do imóvel no papel, Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Segundo Maradona, Lula não é proprietário do imóvel e só frequenta o local em dias de descanso.

A propriedade rural foi alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada no dia 4 de março. A força-tarefa da Lava Jato investiga se Lula é o real dono do imóvel e se empreiteiras acusadas na Lava Jato bancaram obras no local


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