Antes de embarcar a Brasília, Lula disse a aliados que não tem como recusar os apelos da presidente Dilma para que ocupe um ministério.
A estes colaboradores ele também indicou que conhecia os termos da delação do senador Delcídio do Amaral (MS), segundo quem o ministro Aloizio Mercadante (Educação) teria lhe oferecido ajuda financeira para que não fizesse delação premiada, quando decidiu levar a sério a proposta de assumir um cargo no primeiro escalão do governo Dilma.
Para um aliado de Lula, esse é "só um ponto da pauta" que o ex-presidente terá de enfrentar se de fato assumir um ministério.
Lula, nas últimas horas, consultou peemedebistas para se certificar de que teria apoio do PMDB caso assuma um cargo.
Na quarta-feira (16), ele se reunirá em Brasília com a bancada do PT.
Na noite de segunda-feira (14), Lula teve conversas delicadas com integrantes da cúpula do PT, entre eles, o presidente do partido, Rui Falcão. Deles, ouviu que o governo desmoronaria se ele não assumisse o comando.
Na manhã desta terça-feira (13), antes de viajar, Lula se reuniu com seu advogado. Sua maior preocupação era com que acontecerá com sua mulher, Marisa Letícia, e seus filhos, caso ele obtenha foro privilegiado. A expectativa é que o benefício seja estendido à família, já que o processo de Lula será remetido ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A informação de que Lula deve aceitar o convite de Dilma foi antecipada pela coluna Mônica Bergamo, na segunda-feira (14).