Folha de S. Paulo


Unafisco vê motivo para suspender a isenção tributária do Instituto Lula

A confusão operacional e patrimonial entre o Instituto Lula e a empresa de palestras LILS, somada a pagamentos a empresas relacionadas com familiares do ex-presidente, como a empresa G4, pode gerar a suspensão da isenção tributária do instituto, de acordo com o presidente da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita), Kleber Cabral.

A suspensão da isenção tributária, segundo ele, pode levar à cobrança dos tributos devidos. "Seria motivo para suspender a isenção do Instituto Lula, já que a empresa de palestras aufere lucros. Isso leva à suspeita de que o instituto funcione como uma ponte para o recebimento de vantagens indevidas", afirmou Cabral.

Nesta sexta-feira (4), o juiz federal Sergio Moro autorizou a ofensiva da Operação Lava Jato sobre o ex-presidente Lula, afirmando que há indícios de que o petista atuou no esquema relacionado à Petrobras e ocultou e dissimulou patrimônio.

No despacho que deu aval à ação desta sexta, Moro informa que o Instituto Lula repassou dinheiro, entre 2012 a 2014, à empresa G4 Entretenimento e Tecnologia Digital Ltda, que tem como sócio-administrador Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, além de Fernando Bittar e Kalil Bittar.

O juiz cita ainda a empresa de palestras do ex-presidente LILS. De acordo com o documento, a LILS efetuou pagamento à Flexbr Tecnologia Ltda., que tem o mesmo endereço da G4 e cujos sócios são outros filhos do ex-presidente, como Marcos Claudio Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva e a nora Marlene Araújo Lula da Silva.

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