Folha de S. Paulo


Gilmar reafirma ser necessário decidir quando veto a financiamento valerá

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 16-09-2015, 15h00: Sessão plenária do STF. O ministro Ricardo Lewandowski preside a sessão. O STF retoma o julgamento sobre a incostitucionalidade de doação de empresas para campanhas políticas, que havia sido paralizado por um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes e tem como relator o ministro Luiz Fux. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ministro Gilmar Mendes, durante sessão em que abandonou a plenária do Supremo Tribunal Federal

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes reafirmou nesta quarta-feira (23) que ainda é preciso decidir a partir de quando a proibição do financiamento privado a campanhas eleitorais e partidos políticos começaria a valer.

"Não dá para ficar brincando de aprendiz de feiticeiro e descumprir a lei. Precisa haver esse complemento, sob pena de cairmos em uma situação que parece um suicídio democrático. Hoje, todos estariam ilegítimos, desde a presidente Dilma, até deputados e senadores. Todos foram eleitos com base em lei que foi declarada inconstitucional e nula", afirmou o ministro no início desta tarde.

O ministro argumenta que, como não houve quórum mínimo de oito ministros para decidir sobre a modulação, ou seja, a data de aplicação, os efeitos do julgamento não estão claros. Contudo, a proclamação do resultado do julgamento de semana passada já deixa claro que a decisão se aplica às eleições do ano que vem.

Em passagem pela Câmara, onde participou de uma sessão solene em homenagem à Carta Magna, o ministro também comentou a votação do veto ao reajuste dos servidores do Judiciário.

Mendes evitou se posicionar sobre o tema, mas afirmou que o tema é de "grandes responsabilidade" e exige "encaminhamento recíproco". "Estamos vivendo um momento muito delicado e é preciso que haja esse espírito de cooperação".

O veto do Judiciário estava na pauta da sessão do Congresso da noite de terça (22), mas não chegou a ser apreciado. Devido a falta de quórum para derrubar o veto, a oposição obstruiu a votação e conseguiu derrubar a sessão.


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