Folha de S. Paulo


Na prisão, ex-deputado Vargas repetiu gesto do punho cerrado

Sérgio Lima-3.fev.2014/Folhapress
Joaquim Barbosa passa pelo então deputado André Vargas, que faz o gesto de punho cerrado
Joaquim Barbosa passa pelo então deputado André Vargas, que faz o gesto de punho cerrado

No dia em que foi preso pela Polícia Federal, sexta (10), o ex-deputado André Vargas (ex-PT) repetiu o gesto que marcou a prisão de petistas condenados no mensalão. Ao avistar um amigo na carceragem, ergueu o punho cerrado.

"Um gesto que apoio e a vida inteira vou apoiar. É um gesto de resistência. Pena que custou a ele a antipatia da direita'', disse à Folha o advogado João Gomes.

Ao se entregarem à PF para cumprirem pena, em 2013, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) ergueram o punho, gesto reproduzido nas redes sociais na época.

Gomes, que conhece Vargas há 20 anos, disse que estava na PF, em Curitiba, quando bateu na porta da carceragem para tentar ver Vargas.

Devido ao horário, no fim da tarde, a autorização não saiu. Mas enquanto conversava com o policial, avistou Vargas pela porta aberta.

O ex-deputado repetiu então o gesto que fez ao lado de Joaquim Barbosa em uma sessão no Congresso em 2014.

A ação foi vista como uma provocação à época, já que o então presidente do Supremo Tribunal Federal foi relator do processo do mensalão.

Gomes disse ter devolvido o gesto batendo com a mão fechada no peito. Vargas estava visivelmente emocionado e abalado, disse.

Vargas foi preso na a 11ª fase da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras e desvios na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde a partir de contratos de publicidade.


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