Folha de S. Paulo


Apenas siglas podem tirar investigados de comissão

O presidente da CPI da Petrobras na Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB), diz que dependerá dos partidos caso algum integrante da comissão apareça na lista de investigados da Operação Lava Jato.

A lista com os nomes de políticos envolvidos deve ser divulgada nesta semana pela Procuradoria-Geral da República. Para Motta, caberia às legendas rever indicações.

"Os indicados [para a CPI] não são escolhidos por mim nem por ninguém, são indicados por seus partidos. Então quem tem que rever isso, analisar isso, opinar, são os partidos", disse. "Enquanto presidente, não tenho esse poder [de afastar membros]."

Motta, porém, não quis opinar se a eventual presença de investigados na Lava Jato na CPI seria um problema. "Não posso opinar, até porque eu não sei se vai ter alguém da lista que está lá, é melhor aguardar", afirmou.

Na próxima sessão da CPI, marcado para quinta (5), será apresentado o plano de trabalho feito pelo relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), e começará a votação de requerimentos.

Questionado sobre a intenção do relator de estender a investigação ao período do governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), Motta disse que a CPI limita-se aos anos de 2005 a 2015. Porém, afirma que irá estudar o regimento para se posicionar a respeito.


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