Folha de S. Paulo


PM usa gás e bala de borracha contra manifestantes na Assembleia do PR

Servidores públicos do Paraná que estavam do lado de fora da Assembleia Legislativa decidiram derrubar o portão do local e invadiram o plenário da Casa para evitar a votação do pacote de corte de gastos do governo Beto Richa (PSDB).

A PM usou bombas de gás e balas de borracha contra os manifestantes, e a confusão foi grande. Ainda não é possível saber se há feridos.

No prédio anexo, no restaurante da Assembleia, os deputados tentavam votar o projeto de Richa. Com a confusão, a sessão foi adiada. A votação só será retomada depois do Carnaval.

O prédio está cercado por manifestantes desde segunda. O plenário foi invadido na terça à noite e nesta quinta os servidores bloquearam o acesso aos portões, sentando em frente às entradas. Por isso, os deputados estaduais do Paraná decidiram ir à sessão desta quinta dentro de um ônibus blindado da Polícia Militar, escoltado por policiais.

Os 33 deputados da base de Richa entraram no caminhão no prédio da Copel, no bairro Bigorrilho, a quilômetros da Assembleia.

Os policiais improvisaram uma entrada para o prédio abrindo uma fenda num portão de ferro nos fundos da Assembleia, com alicates, para permitir a chegada dos deputados.

O próprio secretário da Segurança, Fernando Francischini (SDD), conduziu o grupo. "Foi na hora, com alicate dos bombeiros", declarou Francischini.

Centenas de policiais cercavam o prédio, com cães e escudos. Não houve confronto com manifestantes.

Do lado de fora, cerca de 5.000 professores e servidores estaduais, que protestam contra o pacote, gritavam "vergonha" e "bandidos". Água e papéis foram atirados contra os deputados. Ninguém se machucou.

O projeto prevê mudanças na previdência dos servidores públicos, a redução do anuênio e mudanças no plano de carreira dos professores.

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