Folha de S. Paulo


Outros depoimentos apontam para os índios

Segundo o inquérito, outros indícios coletados pela PF apontam para a participação de indígenas no crime.

Além dos depoimentos dos policiais militares que disseram ter visto os índios empurrando o Gol, uma servidora pública responsável pelo programa de saúde na terra tenharim confirmou ter alertado servidores, no dia dos desaparecimentos, a evitarem circular pela rodovia.

Ela disse "ter medo dos índios" e que uma vez foi amarrada dentro da aldeia.

Há também o depoimento de um motorista que diz ter sido ameaçado quatro dias antes dos desaparecimentos, quando atravessava de carro o território indígena.

A Folha indagou à PF se e quando divulgará a identificação das testemunhas, mas não houve resposta até a conclusão desta edição.

O irmão de Stef, o comerciante Stefanon Pinheiro de Souza, disse que apesar da falta de investigação sobre a questão do Facebook -"A Polícia Federal não respondeu essa pergunta para a gente"-, as famílias dos mortos "não têm dúvida" sobre a participação dos índios.

"Eles têm uma espécie de pacto entre eles, eles não contam nada. (...) Os índios foram vingar a morte do pai", disse Stefanon. "Os índios mataram meu irmão porque morreu um cacique na estrada. Essa versão é verídica."


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