Folha de S. Paulo


Deputado investigado pela PF quer ter acesso aos documentos da apuração

O deputado federal reeleito Elvino Bohn Gass (PT) –investigado por usar dinheiro desviado do Pronaf na campanha eleitoral–, informou que "confia na Justiça" e que ainda não teve acesso ao inquérito que investigou as fraudes contra o Pronaf. Ele protocolou no STF pedido de acesso aos documentos.

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal com ordem judicial levantaram indícios de que dinheiro desviado do programa, que dá incentivos à agricultura familiar, foi usado em campanhas eleitorais do PT no Rio Grande do Sul. A investigação, denominada Operação Colono, resultou em inquérito que passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal, já que Bohn Gass tem foro privilegiado.

Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress

"Não tive acesso às informações oficiais. Confio que a Justiça será feita. Estranha-me a coincidência com o momento eleitoral. Não devo, portanto, não temo", disse.

"Não tenho conhecimento de nada, não fui intimado. A princípio, tudo o que eu sei é pela imprensa", disse o vereador de Santa Cruz do Sul (RS), Wilson Rabuske (PT).

O vereador contou que "desde abril" está tentando ter acesso aos autos, sem sucesso. "Já fiz petições às autoridades e até o momento não sei do que estão acusando a Aspac". Por isso deixou de comentar a investigação.

O presidente da Aspac atendeu o seu celular, mas disse que havia problemas na ligação, que caiu. Em seguida, seu telefone não atendeu mais às chamadas. Ninguém na Aspac atendeu aos telefonemas nesta terça (21).

A coordenação do Movimento de Pequenos Agricultores em Brasília "nega qualquer envolvimento com qualquer tipo de irregularidade".


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