Folha de S. Paulo


No RS, Temer faz campanha contra o candidato petista de Dilma no Estado

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) foi ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (16) para fazer campanha pela presidente Dilma Rousseff e contra o candidato dela no Estado, o governador petista Tarso Genro.

Temer visitará em poucas horas cinco cidades gaúchas em uma tentativa de mobilizar peemedebistas pela eleição de Dilma. O PMDB disputa o segundo turno no Estado com José Ivo Sartori, que liderou a primeira votação e apoia o tucano Aécio Neves.

Em Porto Alegre, primeira cidade visitada, o vice-presidente afirmou que é "muito obediente" às determinações partidárias e que apoia a decisão do diretório estadual que lançou Sartori.

"Se no plano nacional decidiu-se fazer uma aliança, eu sou fiel a essa aliança. Aqui a decisão, em face das realidades locais, foi de lançar um candidato, que hoje está sendo vitorioso. Quando me perguntam em que eu voto, eu [digo que] voto no Sartori. Porque nós precisamos eleger mais governadores."

Reprodução
Adesivo com as fotos de Michel Temer e José Ivo Sartori, candidato que apoia Aécio Neves e enfrenta o PT no RS
Adesivo com as fotos de Michel Temer e José Ivo Sartori, candidato que apoia Aécio Neves e enfrenta o PT no RS

Sartori e outros líderes do PMDB gaúcho, no entanto, não compareceram a um rápido ato com Temer em um comitê. O vice-presidente foi recebido apenas por deputados estaduais eleitos.

Nos outros quatro municípios, ele fará encontros com correligionários em aeroportos para agilizar a agenda. A ala pró-Dilma do PMDB confeccionou um material de campanha unindo fotos de Temer e Sartori.

O Rio Grande do Sul e o Ceará são os únicos Estados em que há disputa entre PT e PMDB no segundo turno da eleição para governador.

Temer disse que, após a eleição, o PMDB nacional fará "grandes reuniões" para "unificar" o partido.

PESQUISAS

Na capital gaúcha, o peemedebista comentou as pesquisas do Datafolha e do Ibope, divulgadas na quarta-feira, que mostram Aécio e Dilma em situação de empate técnico, mas com o tucano numericamente à frente.

"Achávamos que neste momento a pesquisa daria um percentual muito elevado para ele [Aécio]. Porque ele teve o apoio da família Campos, que é uma coisa emocional, e da candidata Marina [Silva]. E, ao contrário, ele permaneceu naquele teto. A avaliação que fizemos é que ao longo desses dias a Dilma ultrapassará", disse o vice-presidente.

Ele afirmou que há uma identidade muito grande entre eleitores de Marina e de Dilma e que acredita que a presidente conseguirá obter esses votos.

Questionado sobre a influência das suspeitas sobre a Petrobras nas eleições, Temer afirmou que será "zero". "Embora seja grave. Tão grave que o governo federal tomou todas as providências."


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