Folha de S. Paulo


Suplicy sugere que Dilma abandone 'condicionantes não saudáveis'; assista

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O senador e candidato à reeleição por São Paulo Eduardo Suplicy (PT) afirmou que aconselharia à presidente Dilma Rousseff que, caso eleita para um segundo mandato, "se libere" de "condicionantes não saudáveis para a vida pública", como governar com parlamentares que negociam apoio no Congresso em troca de cargos na administração federal.

Em seguida, ele negou que isso aconteça no atual mandato presidencial. "Eu não tenho diagnóstico exatamente de que é isso que ocorre, porque eu tenho a compreensão de que cada ministro de qualquer partido e junto à presidente Dilma queira sempre ter o corpo de seus servidores o mais eficiente possível", afirmou.

Um dos políticos apontados por Marina Silva (PSB) como quadro que ela gostaria de ter em um eventual governo, Suplicy foi questionado sobre o tema em entrevista à TV Folha nesta quarta-feira (10). O petista referendou o discurso de Marina de que os políticos devem "defender o que acham melhor para o interesse público" e "nunca votar porque foi designado por alguém ou pela liberação de [verbas de] emendas [parlamentares]".

Veja aqui as transmissões ao vivo da "TV Folha"

Apesar do conselho a Dilma, ele diz que Marina teria "dificuldades imensas" em governar sem essas práticas com a atual base do PSB no Congresso. A legenda tem 24 deputados em exercício e quatro senadores.

Com uma campanha que exalta uma imagem de político honesto, o candidato disse que o PT tem que ser "rigoroso" em corrigir e evitar escândalos como o mensalão e os desdobramentos da operação Lava-Jato da Polícia Federal que investigam a Petrobras e membros da base governista.

"Percebemos que, cada um que porventura proceda de maneira incorreta, isso acaba prejudicando o conceito do nosso partido", disse.

Suplicy está em empate técnico com José Serra (PSDB) na corrida para o Senado pelo Estado, segundo o Datafolha. Ele tem 32% das intenções de voto. O tucano tem 35%.


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