Folha de S. Paulo


PM prende três manifestantes na marcha Grito dos Excluídos no Rio

As comemorações do Dia da Independência do Brasil, lembrado neste domingo (7), foram marcadas por um tumulto no Rio, durante a tradicional marcha Grito dos Excluídos, que reuniu cerca de 200 pessoas no centro da capital fluminense. Três pessoas foram detidas durante a caminhada.

A confusão teria acontecido quando a Polícia Militar prendeu uma manifestante que ateou fogo à bandeira do Brasil –o que é proibido. Outras duas pessoas também foram detidas por desacato e conduzidas para delegacias da região.

A marcha começou na rua Uruguaiana, no final da manhã, e seguiu até a Central do Brasil, no centro. Neste ano, a PM reforçou a segurança do entorno da avenida Presidente Vargas, onde ocorria o desfile cívico militar, para evitar tumultos como os que ocorreram em 2013, quando manifestantes conseguirem invadir o desfile. À época, a PM reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Neste domingo, foram instalados vários pontos para revista de pessoas na região e, em cada uma das ruas de acesso ao desfile, havia duas barreiras com uma média de 70 policiais. A Polícia Militar não divulgou o efetivo utilizado na operação.

O Grito dos Excluídos acontece anualmente desde 1995, promovido por movimentos sociais e sindicais. Em 2014, o movimento lembrou as manifestações de junho do ano passado e teve como tema: "Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos".

Em São Paulo, a marcha reuniu cerca de mil pessoas.

OUTRO PROTESTO

Também neste domingo, cerca de 30 manifestantes da Frente Independente Popular –munidos de cartazes com os dizeres "contra a tropa fascista e a farsa eleitoral"– fizeram um protesto para pedir que os brasileiros votem nulo nas eleições em outubro.

Daniel Marenco/Folhapres
7 de Setembro teve protestos no Rio; grupo pedia que brasileiros votem nulo
7 de Setembro teve protestos no Rio; grupo pedia que brasileiros votem nulo

O grupo também vaiou os participantes do desfile cívico militar e distribuiu panfletos aos espectadores que assistiam às celebrações, mas algumas pessoas que estavam na plateia se recusaram a receber o material e vaiaram os manifestantes.

A manifestação teve fim após o grupo chegar às imediações do Campo de Santana, onde havia um cordão de isolamento da PM. Houve um princípio de confusão e a polícia usou cassetetes para impedir que os manifestantes voltassem à avenida Presidente Vargas, onde ocorria o desfile cívico militar. Apesar do tumulto, não houve feridos nem detenções.


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