Folha de S. Paulo


Na TV, Padilha ironiza slogan de Alckmin ao mostrar problemas de SP

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi alvo principal de seus adversários Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB) nesta sexta-feira (22), no segundo dia de propaganda eleitoral da disputa ao Palácio dos Bandeirantes.

A peça petista ironizou o slogan do tucano "Aqui é São Paulo" mostrando paulistas enfrentando problemas no metrô, na segurança, na educação, além da crise de abastecimento.

Skaf usou seu espaço para rebater a estratégia da campanha de Alckmin de colar nos adversário o carimbo de 'aventureiros' por não terem ocupado mandato público, indicando que o governador teria "maus costumes na política".

A campanha de Padilha exibiu depoimentos de eleitores criticando áreas sensíveis da gestão do tucano e com o slogan "Aqui também é São Paulo".

A taxista Adriana Rodrigues contou que foi assaltada duas vezes e que sai para trabalhar com medo. A gerente comercial Olga Lapa disse que sua residência já enfrenta racionamento de água e que sofre dificuldades para fazer higiene pessoal e lavar louça.

Com uma imagem da plataforma de metrô tumultuada, o auxiliar de almoxarifado Diego Yovanovich relata que passa um "sofrimento" diário no transporte que é "desumano, surreal e revoltante".

Sempre interagindo com osa apresentadores, o candidato petista questiona a administração tucana e ainda apresenta propostas para áreas de transporte, por exemplo. "Será que quem vive no Estado mais rico do Brasil merece viver com serviços públicos tão ruins? Sabemos que não".

Ao fazer referência indireta sobre o escândalo do cartel do metrô nos governos do PSDB, Padilha se compromete a combater a corrupção e ter um governo transparente. O petista apontou ainda que vai acabar com a impunidade e "impedir que bandidos tomem conta do Estado".

Mais cedo, no comercial do rádio, o locutor de Padilha também respondeu a cobrança do governador para comparar currículos e a falta de experiência, lembrando que ele foi ministro da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. "Uma década de experiência no governo federal não é pra qualquer um não", fala o narrador.

SKAF

No programa de Skaf, Alckmin voltou a ser acusado de governar sem tesão e foi atacado nas áreas de segurança e educação. O peemedebista defendeu suas credencias para comandar São Paulo partindo para o embate indireto com o tucano.

"Acho muita graça quando os adversários falam de experiência como se a experiência que têm fosse boa. É uma experiência de maus costumes na política, uma experiência de construir escolas que as crianças frequentam e não aprendem, uma experiência que tem polícia, mas não tem segurança para a população, uma experiência que tem recursos na saúde e não tem um bom atendimento para a população. Uma experiência de projetos que levam décadas para acontecer em vez de acontecer em anos", provocou.

PULSO FIRME

Em reação aos ataques de Skaf, que vem apontando falta de firmeza da gestão atual no combate à violência, a propaganda de Alckmin teve como foco a segurança pública. O filme fez crítica ao governo federal e apresentou o tucano como político "linha-dura".

A propaganda ressalta que o governo paulista investe "quase três vezes mais" o que o governo federal aplica em todo o país e que a legislação atual em relação à internação de menores infratores é "frouxa".

"Nos dias de hoje, os menores, quando não são os autores, são usados por adultos para cometerem os mais variados crimes. Não podemos mais aceitar que nossas polícias prendam e a lei atual, que é frouxa, solte. É preciso acabar com a impunidade", afirma o tucano.

A peça mostra imagens do governador em Brasília, para onde viajou no início deste mês para pedir celeridade em projeto de lei que aumenta penas para menores que cometerem crimes hediondos. A proposta foi apresentada pela bancada tucana na Câmara dos Deputados e, portanto, sua tramitação ocorre no Congresso Nacional, fora da alçada do governo paulista.


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