O candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, afirmou neste sábado (2) que ocorreu crime eleitoral envolvendo a campanha à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) por compra de anúncios no Facebook.
A Lei Eleitoral proíbe qualquer tipo de propaganda na internet. Na quarta-feira (30), o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) concedeu 48 horas para que o Facebook informasse quem havia comprado o anúncio -o que não ocorreu. A multa inicial seria de R$ 10 mil por dia.
A empresa pediu extensão do prazo, concedido pelo tribunal até as 17h deste sábado (2). Caso contrário, a multa diária subiria para R$ 100 mil.
"Certamente, se houve decisão judicial, algo de errado estava havendo", afirmou Skaf após evento de sua campanha em Itaquera, com lideranças da zona leste paulistana.
A ação foi enviada pela coligação de Paulo Skaf. Segundo a acusação, o governador, que tenta a reeleição, tentou inflar o número de seguidores de sua página no Facebook com pagamento de publicidade na rede, o que seria uma violação à lei da propaganda eleitoral.
A coligação tenta que a Justiça determine ao Facebook a exclusão dos seguidores extras que Alckmin teria ganhado com posts e links patrocinados.
Até a última sexta (1º), a companhia não informou se iria repassar as informações à Justiça Eleitoral antes do horário previsto. Em nota, o Facebook disse que está pronto a responder às "demanda da Justiça".
Procurada pela Folha, a campanha de Alckmin afirmou que não irá comentar o caso.