Folha de S. Paulo


Desde início da Copa, 32 barra bravas foram impedidos de entrar no Brasil

Desde o início da Copa, 32 barra bravas –facção mais violenta das torcidas argentinas– já foram impedidos de entrar no Brasil. Dois foram notificados a deixar o país em até 72 horas, após serem presos em Belo Horizonte antes da partida entre Argentina e Irã.

As informações são do Ministério da Justiça.

A ação faz parte de acordo de cooperação entre o Brasil e a Argentina, que compartilhou uma lista de mais de dois mil nomes de torcedores argentinos com histórico de violência em estádios.

Dos 32 barra bravas impedidos de entrar no país, 18 foram por via aérea e 14 por via terrestre. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 90% dos estrangeiros em movimentação para a partida desta quarta-feira (25) entre Argentina e Nigéria, em Porto Alegre, declaram não possuir ingresso e estão interessados na festa pré e pós-jogo.

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

O Centro de Cooperação Internacional da Polícia no Brasil conta com a presença de mais de 200 profissionais de 31 países participantes da Copa do Mundo e mais cinco outras nações convidadas, além de três organismos internacionais (ONU, INTERPOL e AMERIPOL).

Em média, cada delegação dos países participantes atua no Brasil com sete integrantes. Quatro desses policiais viajam com seu respectivo time e trabalham uniformizados nos estádios onde suas seleções se apresentarão.

Esses oficiais estrangeiros de campo conhecem suas respectivas torcidas e poderão auxiliar com ações estratégicas de pronta intervenção. Contudo, eles não portam armas, atuando em conjunto com as forças nacionais de segurança pública.

Outros três integrantes das comitivas de cada país ficam sediados no Centro de Cooperação, em Brasília, compartilhando o acesso a bancos de dados e visualizando, por meio de câmeras, todos os estádios e deslocamentos de suas seleções em telões gigantes.


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