Folha de S. Paulo


Estrangeiro é maior vítima de crimes entre turistas da Copa na BA

Os crimes contra turistas em Salvador durante a Copa foram, até agora, na maioria furtos e se concentraram no centro histórico, segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública apresentado neste sábado (21).

Os estrangeiros representaram 76,6% dos turistas vítimas de crimes no período.

Entre 12 e 19 de junho, foram registrados 128 delitos contra turistas –sendo 90 deles furtos. Também houve 18 roubos, oito ameaças, quatro casos de estelionato e dois de lesão corporal, entre outras ocorrências.

Três de cada quatro casos (75%) ocorreram no Centro Histórico, que é cercado por pontos de uso de drogas. As demais ocorrências foram no Rio Vermelho (4,7%), no centro (3,9%) e na Barra (3,9%).

Fora da capital, foram registrados quatro casos (3,1%), em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, onde estão treinando as seleções da Alemanha e Suíça.

Brasileiros foram vítimas em 30 casos. Os demais, porém, foram todos estrangeiros: 21 vítimas da Alemanha, 14 da Austrália, 13 da Holanda, nove da Inglaterra, oito da Suíça e sete da França, além de outras nacionalidades.

Para o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, o arrastão a um hotel no Rio Vermelho na sexta-feira (20) foi o caso mais grave registrado até o momento e a maioria das ocorrências não teve uso de violência.

Segundo ele, o efetivo policial empregado na operação da Copa e que inclui também agentes federais totaliza 10.800 pessoas.

O secretário afirmou que há 100 mil turistas circulando em todo o Estado. "As ocorrências representam menos de 0,1% dos turistas. Não se pode achar que isso vai arranhar a imagem do Estado", disse.

HOSPEDAGEM

A diária média dos hotéis em Salvador, durante a Copa, está três vezes acima do valor normal, de acordo com o secretário municipal de Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani.

Segundo ele, houve um salto do valor médio de R$ 200 para R$ 600. A ocupação nos primeiros dez dias de Copa em Salvador foi de aproximadamente 85% –o comum no período é de 65%, segundo a secretaria.

Os locais mais procurados pelos turistas são o Pelourinho e o centro histórico, Rio Vermelho e Barra.

As informações foram divulgadas pelo secretário durante entrevista à imprensa em Salvador.

Para Bellintani, o crescimento no valor médio das diárias foi acentuado porque o valor praticado antes em Salvador estava "defasado". "As diárias médias das grandes capitais costumam ser aproximadamente R$ 400. Essa diária média de R$ 600 durante a Copa está sendo praticada em todas as cidades-sede", afirmou.

"Eu não diria que é uma diária extorsiva ou desproporcional. O equívoco estava no preço anterior", completou.


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